O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) adiou a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do genocídio que vai apurar as responsabilidades e a omissão do governo Bolsonaro na pandemia.
A data para iniciar os trabalhos da CPI foi adiado para próxima segunda-feira, 27. Enquanto isso, Bolsonaro e o núcleo do governo tentam ganhar tempo para negociar cargos.
No radar do Planalto, o Ministério da Educação pode ser entregue para um senador. O governo também está enrolado para garantir as emendas do Orçamento para o Centrão.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), possível relator da CPI, reclamou da atitude do presidente do Senado.
“O presidente do Senado (Rodrigo Pacheco) continua naquela, querendo levar para a outra semana. Não é fácil isso”, disse ao Estadão.
Paulo
20/04/2021 - 18h26
Esse, se pudesse, enfiava a CPI no bolso…
Alexandre Neres
20/04/2021 - 15h23
Rodrigo Pacheco é um embuste. Sua trajetória mostra que não tem estatura para ser presidente do Senado. Foi eleito deputado federal pelo PMDB em 2014. Concorreu à prefeitura de BH com Kalil em 2016, mas só teve 5% dos votos. Já dava para perceber o perigo que representava sua cara de bom-moço e sua voz impostada de locutor de rádio. Sua oportunidade veio em 2018 com a onda verde-amarela de triste lembrança: para derrotar Dilma ao Senado, os conservadores concentraram os votos nesse playboy que migrou para o DEMo e também num radialista bolsonarista obscuro em Minas Gerais.
Pois bem, devido à indigência da legislatura atual do Senado Federal, chegou à presidência sem um pingo de estofo. Quer dizer, tem pedigree: filhinho de papai, dono de empresas de ônibus. Tal qual seu antecessor, Alcolumbre, uma nulidade que voltou ao ostracismo do qual nunca deveria ter saído. Tanto Alcolumbre quanto Pacheco são anódinos, insossos, só servem para passar pano para Bolsonaro. A CPI não foi aberta por causa de Pacheco, foi determinada pelo Ministro Barrroso e respaldada pelos demais ministros do STF. A CPI será instalada apesar de Pacheco.
Agora Pacheco está dando sua última cartada. Adiou a instalação da CPI do Genocídio para entregar Renan Calheiros aos leões bolsonaristas, que irão atacá-lo incessantemente. Você pode não gostar dele, mas Renan Calheiros não é um zé das couves como Pacheco e Alcolumbre, tem bagagem, foi Ministro da Justiça do governo FHC, presidente do Senado várias vezes e conhece de regimento como ninguém. Bolsonaro vai penar com a relatoria de Renan.
Confesso que gosto de Renan Calheiros, é um dos meus malvados favoritos. Se cometeu erros e for comprovado, que pague na Justiça. Para quem um dia tiver a pretensão de ser presidente da república, é muito bom ter um aliado como Renan, que cumpre os acordos no fio do bigode, além de conhecer do babado. Alguns míopes politicamente dizem que Renan votou contra Dilma no impeachment. Foi uma onda avassaladora, Renan resistiu bravamente, mas na condição de presidente do Senado não restou alternativa senão ceder. Sempre deixou claro que gostava dela e, devido à injustiça que estava se cometendo, ainda atenuou os efeitos do golpe, ao não lhe retirar os direitos políticos.
Se o Pacheco não atingir o intento de agradar Bolsonaro, vocês terão a oportunidade de ver o excelente papel que Renan desempenhará na relatoria da CPI. A nova política é pior do que a velha, vide Amoêdo e Gentili juntinhos. O falso moralismo serve como pano de fundo para proteger Bolsonaro, isso desde os tempos áureos da Lava Jato. Chega de pachecagem!
Antonio Miranda
20/04/2021 - 14h59
Não nega a raça! Canalha de marca maior, assim como o Bozo!