Nesta terça-feira, 20, o senador Omar Aziz (PSD-AM), cotado para ser presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do genocídio que vai investigar as responsabilidades e a omissão do Governo Bolsonaro na pandemia revelou que o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, poderão ser convocados para explicarem as ações das suas pastas no combate ao coronavírus.
“Como não chamar o ex-ministro das Relações Exteriores? Quero saber quais foram as ações deles, a iniciativa daquele cidadão para comprar vacina. O ministro Paulo Guedes poderá ser convocado. Se houver razão de ser chamado, não vejo razão para não ser chamado”, disse na entrevista concedida ao UOL.
No entanto, o congressista deixou claro que a CPI não foi criada “para se vingar” do governo Bolsonaro, mas para “fazer justiça” e falou sobre o papel do negacionismo como eixo central da atuação do presidente da República.
“A CPI não é para se vingar. A CPI é para fazer justiça. O Brasil detém 2,5% da população mundial, mas o número de óbitos é em torno de 26%. Alguma coisa está errada. Negacionismo foi um dos principais fatores para ter esse número de óbitos. Não sou eu que vou prejulgar ninguém. A CPI vai apurar os fatos e chegar a conclusões”
Já em outro momento da entrevista, Aziz garantiu que a CPI vai dar uma resposta para a sociedade.
“Como tenho sangue de palestino, digo que essa CPI não vai terminar em pizza ou em kibe”.
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