O ex-candidato a prefeito de São Paulo e líder do PSOL, Guilherme Boulos, assumiu que está disposto a disputar o Palácio dos Bandeirantes em 2022 para tentar tirar o “tucanistão” do poder.
“Preciso fazer naturalmente esse debate com o meu partido. Mas eu estou disposto a assumir o desafio de disputar o Governo de São Paulo em 2022. E construindo uma unidade dos progressistas. Sem unidade é muito difícil derrotar a máquina do PSDB”, disse na Folha.
Já em âmbito nacional, Boulos defendeu unidade do campo progressista em torno de um nome que tenha melhores condições de derrotar Jair Bolsonaro em 2022 e que tenha um projeto nacional.
“Eu defendo essa unidade nacional do campo progressista. Temos que ver qual é o nome que vai ter melhores condições de derrotar o Bolsonaro em 2022. Se for o do Lula… hoje é. Estamos a um ano e meio da eleição. É evidente que a unidade tem que ser construída em torno do nome com melhores condições de derrotar o Bolsonaro. Mas também em torno de um projeto.”
Contudo, o líder do PSOL fez uma observação importante sobre essa unidade. “Não é razoável que numa composição, numa aliança política, tenha um partido que seja a cabeça de chapa em todos os lugares, em nível nacional, em nível estadual. Não é razoável isso”.
Sobre o manifesto em defesa da democracia assinado por seis possíveis candidatos a presidência da República, o psolista disse que é “melhor do que estarem a favor dele (Bolsonaro)” e que acha importante o fato do governador João Doria (PSDB-SP), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Eduardo Leite (PSDB-RS) estarem se posicionando contra o presidente da República.
Boulos também foi questionado sobre o fato do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) ter assinado o manifesto e se o pedetista estaria no campo da direta devido a isso.
“O corte importante para uma unidade progressista em 2022 é ter um projeto popular, de reconstrução nacional com retomada de investimentos públicos, com combate às desigualdades. E que hoje passa sem sombra de dúvidas também pela revogação do teto de gastos, de colocar na mesa a ampliação da base monetária a tributação progressiva.”
“Ele (Ciro) defende essas posições”, completou.