Uma das figuras mais experientes da política, Cesar Maia já ocupou a cadeira de deputado federal (1983-1987), prefeito da capital fluminense por três mandatos (1993-1997 e 2001-2009) e vereador na Câmara Municipal do Rio pela terceira vez consecutiva.
Com início da vida partidária no extinto Partido Comunista Brasileiro (PCB), o “partidão”, atualmente Cesar Maia integra os quadros do DEM e está prestes a migrar para o MDB junto com o filho, deputado federal Rodrigo Maia, e possivelmente o prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM).
De estilo pragmático e objetivo nas palavras, Cesar Maia analisou a presença do ex-presidente Lula no xadrez eleitoral de 2022.
“A candidatura do Lula é boa para acelerar o processo de perda de apoio do Bolsonaro. As pessoas percebem que pode haver uma alternativa ao Bolsonaro”, disse na Folha.
Contudo, Maia é cético no que diz respeito a presença do ex-presidente no segundo turno da disputa presidencial. “Não acredito que vá ao segundo turno. A polarização radicalizada conspira contra ele”, ressaltou.
Sobre a movimentação de Lula para atrair o centro político, o vereador foi direto e justificou sua tese. “Cada dia fica mais claro que esse espaço não estará aberto para ele”, dispara.
“Com sua volta por conta da, aspas, injustiça que foi cometida contra ele, Lula flutua no patamar de 29%. Mas no processo de pré-campanha vem o desgaste. Há toda condição de, surgindo uma terceira força e essa terceira força ascendendo, tanto o Lula e o Bolsonaro caírem.”, completou.
Já sobre a eleição para o governo do Rio, Maia sinalizou que deve apoiar Marcelo Freixo (PSOL) caso seu filho formalize aliança com o psolista.
“Vou apoiar quem o Rodrigo comandar. O Freixo disse que votei nele. Votei contra o Pedro Paulo, com quem tive um problema. Essa de 2022 será uma eleição que no mínimo vai derrubar quem se açodar. Ninguém sabe quem serão os candidatos para presidente. Muito menos a governador. E, para ser candidato, Freixo precisa do PSOL. Ele colocou a vontade de agregar forças e já recebeu uma pancada forte do PSOL. Para que isso? O resultado disso é que o PSOL vai ficar eternamente deste tamaninho.”