Por Gabriel Barbosa
Senador de primeira viagem, o mineiro Rodrigo Pacheco (DEM) alcançou em apenas 25 meses de mandato o posto que colegas de longa data ainda não conseguiram, o de presidente do Senado.
De perfil moderado no trato político e de boa oratória, o demista recebeu o apoio de praticamente todos os partidos na Casa, incluindo PT e PDT.
Sua postura na cadeira da presidência do Senado tem sido observada com atenção pelo mundo político/mercado financeiro e ao seguir essa trajetória, Pacheco deve se tornar uma peça chave para os presidenciáveis que desejam formar aliança com o centro em 2022.
Além dessas variáveis, o líder demista também leva consigo o fato de ter sido eleito por Minas Gerais, estado com grande importância no cenário político nacional. A história do Brasil mostra que dificilmente um candidato a presidência da República teve chances de ser eleito sem a maioria das intenções de voto dos mineiros.
Até o momento, a proximidade de figuras do DEM como o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia que ainda permanece no partido e do próprio presidente nacional da legenda, ACM Neto, com o PDT de Carlos Lupi pode resultar no estreitamento de laços políticos entre Rodrigo Pacheco e o ex-ministro Ciro Gomes, possível candidato ao Palácio do Planalto.
Se isso vai acarretar numa aliança nacional entre PDT-DEM ainda é muito cedo para afirmar e dependerá do cenário político, econômico e social que o governo Bolsonaro produzir. No Planalto, existe a expectativa de que em meados de setembro aconteça uma recuperação na popularidade de Bolsonaro através da vacinação e da reabertura de setores econômicos.
Se essa expectativa foi gerada internamente pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, já devemos esperar o tipo de resultado.
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