O presidente Nacional do PDT, Carlos Lupi, admitiu que em nome de uma aliança com o centro e dependendo das chances de reeleição de Jair Bolsonaro, o partido pode abrir mão da candidatura de Ciro Gomes em 2022.
“Se houver a ameaça de continuidade de Bolsonaro, é uma hipótese que admito. Se surgir nessa terceira via um outro nome, que apresente um bom projeto, podemos conversar”, admitiu ao Valor.
O líder pedetista ressaltou que o PDT não pode adotar um projeto hegemônico com o objetivo de impor uma candidatura sem antes dialogar com outras forças.
“É preciso ver o melhor nome, quem poderá derrotar Bolsonaro. Não podemos entrar nessa conversa com um projeto hegemônico, de fazer aliança desde que o candidato seja o meu.”
Sobre Sérgio Moro, o líder trabalhista foi enfático na rejeição ao ex-juiz e ministro de Bolsonaro.
“Tudo em relação ao Moro está sob suspeição”
Até o momento, o PDT mantém diálogo constante com o PSD e o DEM. Em meados de março, o apartamento de Ciro Gomes em Fortaleza foi o local de uma profunda conversa com o ex-prefeito de Salvador e presidente Nacional do DEM, ACM Neto. Lupi estava presente na ocasião e os três conversaram sobre eventual aliança
O ex-ministro e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, foi procurado pelo mandatário do PDT e os dois conversaram nesta quarta-feira, 31. O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, também se reuniu com Lupi.