As lideranças de oposição entraram com um novo pedido de impeachment do presidente Bolsonaro, alegando que houve tentativa de interferência partidária nas Forças Armadas.
Em sua nota de demissão, o ministro da Defesa, Azevedo destacou seu papel de preservação institucional das Forças Armadas: “Agradeço ao Presidente da República, a quem dediquei total lealdade ao longo desses mais de dois anos, a oportunidade de ter servido ao País, como Ministro de Estado da Defesa. Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado”, dizia o comunicado.
Fontes do Planalto revelaram que o Presidente da República exigia do Ministro da Defesa a exoneração do Comandante do Exército, porque este não fez críticas ao STF pelo julgamento que devolveu os direitos políticos ao ex-Presidente Lula.
Em coletiva de imprensa feita hoje, pelo Zoom, Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da Oposição na Câmara dos Deputados, avisou que Bolsonaro, da mesma maneira que defende celebrar o golpe passado (referindo-se a 1964, quer também preparar o golpe futuro.
Já o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ), líder da Minoria na Câmara, chamou Bolsonaro de “serial killer constitucional”, e lembrou que “Forças Armadas não são milícias”.
“Quem tem exército particular é dono de milícia”, complementou, ao fazer a crítica a linguagem de Bolsonaro, que fala em “meu Exército”.
Freixo parabenizou os militares que não estão dispostos a se submeter aos caprichos de Jair Bolsonaro.
“O que os fanáticos ligados ao Bolsonaro tentam fazer com as polílicas militares é criminoso. Não podemos assistir a tentativa de bolsonarização das polícias”, denunciou Freixo.
O documento do impeachment pode ser baixado aqui.