Menos de duas semanas após montar comitê de crise, Bolsonaro trabalha para desmoralizá-lo

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Menos de duas semanas do governo federal anunciar um Comitê de Crise para monitorar os impactos da Covid-19, com participação de ministros, governadores, além dos presidentes de outros poderes da república, como o presidente do Senado, da Câmara e do STF, o presidente Jair Bolsonaro veio a público hoje fazer uma série de declarações que se chocam frontalmente com o que decidiram os membros do Comitê em sua primeira reunião, também realizada nesta quarta-feira.

Após o fim da reunião, os porta-vozes do Comitê deram coletiva de imprensa, na qual reforçaram a necessidade de medidas preventivas, como o uso de máscaras e álcool gel, além do distanciamento social. Eles também observaram que é necessário que as autoridades tenham um discurso unificado, pois uma comunicação incongruente, com o presidente falando uma coisa e outros membros do comitê falando outra, implicaria em prejuízo na luta contra a Covid-19, pois a confusão neutralizaria qualquer campanha de esclarecimento.

Entretanto, o presidente Bolsonaro, sem dar ouvidos ao Comitê, deu uma coletiva hoje em que, mais uma vez, trabalha pela desorganização do Estado, pois voltou a falar mal do distanciamento social e a criticar governadores e prefeitos que tentam diminuir o ritmo do contágio através de medidas de restrição de movimento.

Com isso, Bolsonaro neutraliza o Comitê cuja organização é de responsabilidade de seu próprio ministério.

Redação:
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