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China e Rússia anunciam estreitamento de laços políticos e econômicos

Por China Hoje O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, conversou nesta terça-feira com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, e os dois lados chegaram a um consenso estratégico. As negociações aconteceram no sul da China e marcaram o 51º encontro entre Wang e Lavrov. “Isso demonstra o […]

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Por China Hoje

O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, conversou nesta terça-feira com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, e os dois lados chegaram a um consenso estratégico.

As negociações aconteceram no sul da China e marcaram o 51º encontro entre Wang e Lavrov. “Isso demonstra o alto nível da parceria de coordenação entre a China e a Rússia”, disse Wang.

Comunicação e coordenação estratégica

A autoridade chinesa comentou que, independentemente de como a situação internacional mude, a coordenação estratégica entre os dois países se fortalecerá e se expandirá.

As duas partes concordaram que a orientação estratégica dos dois chefes de Estado constitui a força política dos laços bilaterais e que o combate à pandemia em conjunto aprofundou ainda mais a amizade tradicional entre os povos.

Também concordaram que a cooperação pragmática impulsionou o desenvolvimento econômico e social dos dois países e que sua coordenação internacional contribuiu com estabilidade e energia positiva para o mundo.

Este ano marca o 20º aniversário da assinatura do Tratado China-Rússia de Boa Vizinhança e Cooperação Amigável. Os dois lados concordaram em renovar o documento e em torná-lo mais relevante, isso demonstra os novos patamares, novas ideias e novos resultados da cooperação.

Os países devem fortalecer a coordenação estratégica, lutar contra informações falsas sobre eles, reforçar a cooperação em segurança da informação, apoiar um ao outro na manutenção da segurança de seus próprios governos e sistemas e salvaguardar seus direitos legítimos e interesses comuns, além de manter a estabilidade nas áreas ao redor dos dois países.

O ministro chinês também instou os dois lados a tomarem seu Ano de Inovação Científica e Tecnológica como uma oportunidade para explorar o potencial de cooperação em 5G, big data, economia verde, internet, mudanças climáticas, proteção ambiental e indústria da saúde, trabalhando para a meta de US$ 200 bilhões no volume comercial.

“A Rússia está disposta a trabalhar com a China para implementar o consenso alcançado pelos dois chefes de Estado, manter estreitas trocas de alto nível, fazer preparativos para a prorrogação do Tratado Rússia-China de Boa Vizinhança e Cooperação Amigável e levar a relação bilateral a um nível mais alto”, afirmou Lavrov.

Governança global

No final das negociações, os ministros assinaram acordos de cooperação bilateral e uma declaração conjunta sobre governança global, pedindo para a comunidade internacional deixar de lado as diferenças, construir consensos, promover coordenação e salvaguardar a paz mundial e a estabilidade geoestratégica.

Sobre direitos humanos, os dois lados acreditam que todos os países devem se opor à politização dessas questões, rejeitar o tema como desculpa para interferir nos assuntos internos, abandonar padrões duplos e dialogar com base na igualdade e no respeito mútuo, informa o comunicado.

O texto ainda diz que não há um padrão unificado para o modelo de democracia. O direito dos países soberanos de escolher seus próprios caminhos de desenvolvimento deve ser respeitado. Interferir nos assuntos internos de soberanas sob o pretexto de “avançar a democracia” não é aceitável.

Diante da crescente turbulência política internacional, há uma necessidade urgente de realizar uma cúpula de membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, para facilitar o diálogo direto e a discussão de soluções para os problemas enfrentados por todos os seres humanos e ajudar a manter a estabilidade no mundo.

A China está disposta a fortalecer ainda mais a cooperação com a Rússia sob o quadro multilateral, salvaguardar conjuntamente o multilateralismo, manter o sistema internacional com a ONU no centro e a ordem internacional baseada no direito internacional. A nação também se opõe firmemente às sanções unilaterais e à interferência nos assuntos internos de outros países, concluiu Wang.

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