Nada como um dia após o outro!
A famigerada “era do judiciário” encerrou-se hoje, precocemente, com a decisão, pela maioria da Segunda Turma do STF, de que o juiz Sergio Moro é suspeito e parcial, com isso confirmando a decisão anterior de Edson Fachin, de anular os processos de Lula. A nova decisão do STF vai além e invalida todas as provas e investigações realizadas sob a supervisão de Moro. Um novo processo contra Lula terá de começar do zero.
É uma derrota estrondosa da Lava Jato.
É uma vitória de centenas, quiçá milhares de juristas, jornalistas, sindicalistas, militantes e cidadãos, que já tinham entendido que a Lava Jato, coordenada por Sergio Moro, era uma operação ilegal, conduzida com parcialidade, e que tinha, desde o início, uma agenda política.
É sobretudo uma vitória do Estado Democrático de Direito!
Lula, por sua vez, recebe, pela primeira vez em muito tempo, um tratamento justo por parte de um judiciário que ele sempre respeitou.
A questão de sua “inocência” agora é uma questão puramente política, ou moral, e não mais jurídica.
E a nossa filosofia política, materializada em nossa Constituição, apregoa que todos são inocentes até prova em contrário.
O blog, que já criticou muito o Lula por seus erros políticos, inclusive pela supercialidade e irresponsabilidade com que escolheu ministros do STF e de tribunais superiores, além de procuradores gerais, hoje parabeniza-o por sua resiliência e força.
A Lava Jato, com seu sectarismo jurídico, sua agenda política reacionária, na verdade ajudou a esculpir a biografia do ex-presidente, que saiu vitorioso de uma batalha que muitos achavam perdida.
É também uma lição de fé. A luta política vale a pena.
Quando se está ao lado da justiça, é preciso persistir, até o limite.
O próximo passo é julgar os abusos de Moro, Dallagnol e outros procuradores, e os fazerem pagar pelos danos que provocaram ao país.
Quanta instabilidade política poderia ter sido evitada, caso esses burocratas, pagos regiamente pelo contribuinte, não agissem como militantes políticos sectários, desonestos e radicalizados, prestes a rasgar todas as leis em nome de um objetivo partidário, que era derrubar o regime política vigente, social-democrata, o que eles conseguiram com a vitória de Bolsonaro?
A decisão abre um novo horizonte para o Brasil.
Seria leviano, todavia, achar que se trata de uma decisão que beneficia apenas Lula.
A decisão do STF enterra um modus operandi que vinha asfixiando o país, que intimidava a classe política, sempre em nome de valores ultraliberais e conservadores.
É uma decisão, neste sentido, que liberta a política, numa acepção positiva.
O judiciário volta para sua caixinha. Se quiser se envolver em política, deve seguir estritamente os trâmites constituicionais, pois nenhum combate à corrupção será efetivo, produtivo, consequente, se cometer abusos, se infringir a própria lei!
Infelizmente, a decisão chega num dia difícil para o Brasil. Hoje testemunhamos mais de 3 mil mortes por Covid-19, mais um recorde de toda a pandemia.
Mas a própria Lava Jato tem sua parcela de culpa nesse genocídio, na medida em que ela agiu para asfixiar os atores políticos que poderiam ter evitado a eleição de Bolsonaro.
Luiz
24/03/2021 - 19h28
Enquanto ajuda a destruir o Estado do Bem Estar Social, no poleiro das razões de estado, esse galo não se cansará de condenar.
Stalingrado
24/03/2021 - 15h32
Lula, após ser eleito em 2002, fará um governo melhor que os dois anteriores.
Lula é coerência, nunca mudou de partido político desde a fundação do PT e é reconhecido pela população como o melhor Presidente que este país já teve.
Agora falta ao PT ter uma política bem definida para reorganização das FFAA, centro do golpe no Brasil. Quem tiver interesse sobre o papel das FFAA no Golpe de 2016, sugiro o livro O Brasil no Espectro de uma Guerra Híbrida de Piero Leirner, Prof. da UFSCar.
O Demolidor
24/03/2021 - 12h09
Uma derrota do anti-petismo…… percebe-se pelo post tímido do blog…quase nota de rodapé…..Lula de volta é PT de volta….a conveniência da perseguição veio muito a calabar o a quinta coluna querendo cooptar o discurso esquerdista…. mesmo que recheada de neoliberais farsantes destruidores de partidos fotos de esquerda…….e uma simples exclamação responde a todos os abutres da quinta coluna lavajatista.
Lula é livre Babaca!!!
ermes
24/03/2021 - 10h56
Com a presunçào a arrogancia e a ignorancia dele Gilmarzinho o Bode féz a Carmen Lucia mudar de voto e realizar seu plano.
Vixen
24/03/2021 - 10h18
A decisao de Fachin de anular as condenaçoes de Lula nao era para salvar Moro e a Lava Jato na segunda turma…?
Paulo
24/03/2021 - 21h41
Era, mas o GM e sua raiva ancestral da Lava-Jato (guardada na geladeira, ou até no “freezer”) resolveram promover um fato político. Até para ele e Toffolli se protegerem do Bretas, especialmente…
Paulo
24/03/2021 - 21h42
E a Carmém Lúcia aceitou ser a fiel da balança. Mas a compreendo, apesar de tudo…
Alexandre Neres
24/03/2021 - 09h44
“A Segunda Turma do Supremo concluiu que Sergio Moro violou o dever da imparcialidade ao condenar o ex-presidente Lula. A decisão esvazia o mito que começou a ser inflado em 2014, quando o ex-juiz emergiu à frente da Lava-Jato. A pretexto de combater a corrupção, ele fez política com a toga e corrompeu o sistema judicial.”
Ler isso n’O Globo não tem preço. Da lavra do jornalista de verdade Bernardo Mello Franco, uma espécie em extinção naquele covil.
Zara
24/03/2021 - 07h40
O enesimo show de horrores protagonizado pelo STF, cada dia que passa aumenta a revolta dos brasileiros contra essa instituição.
Renato
24/03/2021 - 00h32
No Brasil, a parcialidade só vale a favor do corrupto !
EdsonLuiz.
24/03/2021 - 00h02
O que aconteceu hoje na 2ª turma do STF é a cara do Brasil.
Alguns, e sempre os interessados e convenientes em certo grau sobre a decisão, podem falar em justiça, em democracia (ai), mas anular provas de investigações, trabalho de agentes diversos, do Ministério Público, da Polícia Federal, para punir um juiz que cometeu inadequações em atos secundários de um processo onde o crime investigado nunca está em atos acessórios, não contribui para a realização de justiça.
Anular provas contribui com impunidade. O crime, caso tenha ocorrido, está exatamente nas provas, no juízo que essas provas podem proporcionar. O possível crime cometido pelo réu nunca está nos ritos. Cancelar provas de possíveis crimes por descumprimento de ritos é fazer dos ritos, que são secundários, o elemento principal a ser julgado. Só que o elemento principal a ser julgado tem que ser o crime, não os ritos, e cancelar as provas anexadas aos autos em nada promove justiça.
Ao anularmos as provas protegemos um possível criminoso, caso um novo julgamento justo venha a se acontecer, só que agora sem as provas mais fortes e recolhidas a tempo, por terem sido anuladas. Oras, isso, ter as provas que poderiam condená-lo, é tudo o que o possível criminoso quer. Anular provas ajuda o criminoso, mas não faz nenhum bem ao país e a sua instituição judiciária superior, que estará possibilitando a impunidade do réu.
Caso fosse o julgamento do roubo de um anel cuja prova fosse exatamente caber no dedo da noiva e igual ao da foto de casamento com o seu nome, anexada aos autos. Ao anular a prova, qual a nova prova para condenar o ladrão? Mas, e se o caso for não o de uma situação fortuita. E se o caso e suas provas se tratarem de corrupção grossa de agentes públicos poderosos e empresas poderosas? O julgamento será justo se as provas forem anuladas? E quanto às empresas, deverão ser punidas ou, ao contrário, receberem proteção para continuarem operando? Qual o crescimento e investimento econômico se construirá a partir de empresas corruptoras? Qual empresa sadia se animará a fazer investimentos sabendo que vai concorrer com máfias?
Cancelar as provas por inadequações cometidas por um juíz só pode promover impunidade, caso nas provas anuladas – provas, aliás, que ninguém, além dos juízes e advogados do caso, conhecem, uma vez que fazem parte de um processo de que esses agentes precisam guardar sigilo – encontren-se elementos efetivamente comprobatórios do crime.
Mas cancelar a razão para favorecer o absurdo é bem a cara do Brasil.
O Brasil é feito de corrupção, de corporativismo, de impunidade, de populismos, de Lula e de bolsonaro.
Pobre Brasil!
Esperemos um pouco mais de luz no julgamento pelo pleno do STF. Que se decida não por uma punição sumária ao juíz, e sim que se decida por uma investigação sobre os seus atos. E que as provas do processo sejam restabelecidas para efetivamente serem julgadas.
Alexandre Neres
24/03/2021 - 21h28
Vai ser burro assim na casa do caralho. Não entendeu nada do que disse a ministra Cármen Lúcia. A culpa de alguém só pode ser apurada por um juiz imparcial, observando os princípios da ampla defesa e do contraditório. Como pode uma pessoa que se diz liberal desconhecer o devido processo legal, que é um direito humano de primeira geração, ou seja, um direito liberal clássico? Ingenuidade ou må-fé?
EdsonLuiz.
25/03/2021 - 22h45
alexandre bolsoneres,
Saia da sua incultura.
Saia da sua repetida decoração de um tema, que você pega nas ‘escolas’ de manipulação de que gosta de frequentar.
Saia de sua ignorância, e uma das características do ignorante é exatamente viver imputando-a a outros para disfarçar a sua própria, como você faz.
Pare de se submeter à lavagem cerebral a que se submete nas escolas de doutrinação que frequenta.
Ou assuma isto para você. Não tente impor a sua ignorância e falta de cultura a quem não a quer. E se puder, com civilidade, já que inteligência é uma coisa que você tem, mas embotou no ideologismo.
Aliás, aprenda alguma coisa de teoria política a sério, já que você gosta. E se você quer ser marxista, quer ser de Ultra-Esquerda, então vá às fontes do marxismo, mas eu alerto a você (aqui sem o caráter que você dá ao que chama de alertas, seus juízos desajustados e desqualificados), estudar Hegel é muito difícil.
Mas Pare de assediar a mim e a outros, por favor, seu idiota. Onde eu estou, em paz e educado, você vem entornar o seu desequilíbrio.
Eu até, por uma duas vezes, deixei passar um pouco, para as pessoas não precisarem saber, e chamei a sua atenção, pedindo que parasse as importunações e má-educação e falei que era até mesmo para dar um descanso para as outras pessoas. Porém, você é muito desagradável e desequilibrado e não se corrige.
Corrija-se (e se fosse para relinchar como você faz com todos, escreveria, só que para você serve mesmo: boçal!)
EdsonLuiz.
26/03/2021 - 00h25
alexandre bolsoneres,
Um liberal de esquerda com influências marxistas não é um idiota doutrinado e maniqueísta, como você é.
Um liberal, qualquer liberal, nunca vai defender nada além do ‘devido processo legal’.
O devido processo legal não é campanha política de pressão, manobras e encontro de interesses para conseguir à força a impunidade de alguém. O devido processo legal é para garantir justiça, não impunidade. Fala bem melhor do ‘devido processo legal’ aquele que é realmente capaz de ter isenção na questão, o que não é o seu caso. E os que não têm isenção no caso, estes deveriam ser sinceros e declararem que estão dando sua opinião, mas informarem que têm interesse particular no processo.
A minha posição ‘burra’ é a mesma posição ‘burra’ do Ministro Luiz Edson Fachin, e eu me orgulho disso.
A defesa do ‘devido processo legal’, quando isenta, saneia inadequações que tenham ocorrido em um processo, investiga eventuais abusos de agentes públicos que as tenham cometido e impõe as devidas penas proporcionais aos abusos.
Quanto ao réu prejudicado, o ‘devido processo legal’ se dá promovendo novo julgamento, fazendo-lhe justiça.
Mas se a decisão sobre quem cometeu inadequações legais implicar em anular provas que comprovem o crime de quem ele julgou, anular as provas só vai contribuir para a impunidade do eventual criminoso quando o novo julgamento for feito, não para fazer justiça. É isso que você quer? Anular as provas? É isso que você chama de inteligente? É a isso que você chama de justo? Eu chamo de pouca-vergonha. Anular as provas é um absurdo!
Se alguém quer anular provas, eu me dou o direito de entender que ele tem medo das provas e vou considerá-lo sempre criminoso. Do mesmo modo, se ele usar abusivamente o método de protelar o julgamento até à prescrição, eu vou entender que ele tinha mais medo ainda, e se a prescrição ocorrer, para mim ele será sempre criminoso. Mas não é minha prática fazer esses juízos levianos. Quem faz muito essas leviandades é você.
Outra coisa é quanto a quem cometeu inadequações:
Condenar um juíz que tenha cometido inadequações sem promover a necessária investigação em relação aos seus atos e sem dar-lhe o direito de defesa, isto sim, é descumprir o ‘devido processo legal’. Não é em uma decisão de habeas-corpus, sem promover a devida investigação e dar direito de defesa a quem é julgado que se pune crimes. Habeas-corpus é para recuperar direitos de prejudicados, não para construir sua impunidade nem punir outro ainda não investigado, por retaliação.
A esperança é que no pleno do STF a situação ganhe a luz que merece, decidindo por promover um julgamento inquestionavelmente justo para Lula, mas sem anular provas, e que se decida por investigar Sérgio Moro, sem condená-lo sem investigação e direito de defesa.
Isto será realmente restabelecer o devido processo legal.
Mas eu não sei se este país quer realmente fazer o certo ou delinquir politicamente. Tenho grandes dúvidas sobre a justeza e até sobre a capacidade técnica real do STF.
Quanto a você, que repete decoradamente as campanhas pró-impunidade do seu País171, a ideia que me passou é de que você quer a impunidade de Lula. Não é realmente um ‘devido processo legal’ o que você quer. Se quisesse, faria como eu: defenderia que as provas contra Lula fossem mantidas e o julgamento se desse com justiça e que o ex-juíz fosse investigado antes de ser punido, com justiça também, portanto.
Agora, cumpra o que lhe pedi faz algum tempo: pare de me aporinhar com as suas inconveniências decoradas do seu País171 e com a sua inviabilidade. E assim, vai parar de encher o saco de nossos frequentadores também. Eles merecem um descanso e alguma conversa com mais qualidade. Deixe a decoração doutrinária para o seu pessoal do PT.
Paulo
24/03/2021 - 21h35
Bis…
Stalingrado
23/03/2021 - 23h30
Agora só falta Lula marcar o gol em 2021 e assumir o governo em 2022. Tem candidato que não passa dos 12% que agora não deve chegar nem aos 6%. Será que ele irá de novo para Paris?
Alan C
23/03/2021 - 21h58
Tanto falamos (o óbvio) aqui durante anos e hoje provou-se a verdade. Como disse meu amigo Alexandre Neres aqui abaixo, um dia especial.
Ao camundongo da comunidade, resta se rasgar e criar ainda mais nomes pra dar quorum.
Não tá fácil ser gado atualmente, heim…
Viva a verdade e a democracia!
Alexandre Neres
24/03/2021 - 21h30
Tamo junto, meu chapa!
Tiago Silva
23/03/2021 - 21h17
Reitero neste artigo o comentário que tinha escrito em outro artigo deste site (“A Batalha pelo coração da classe Média”), mas parece que não foi aberto ao debate entre os comentaristas do artigo já que apenas vi os comentários habilitados pela moderação após que o artigo de Miguel do Rosário já tinha ido para a sessão “Últimos Posts”…
E antes de adentrar no comentário feito, gostaria de parabenizar mesmo que escassa nesse site, por essa matéria sobre os descalabros feitos por esse ex-Juiz Politiqueiro e Corrupto que deveria ser processado para apurar crimes contra a democracia (golpe ao retirar o primeiro colocado nas pesquisas), crimes contra o Estado (grampeou ilegalmente uma chefe de Estado), como crimes contra a pátria (destruindo empresas nacionais em prol de interesses estrangeiros)!!!
Então para dar nova chance a quem queira vê (e o pior cego é tanto quem não quer ver, como não quer que outros vejam e debatam), reitero o meu comentário para que esteja aberto a opiniões convergentes ou divergentes dos comentadores do site:
A classe média foi radicalizada e ideologizada pela propaganda massiva de técnica nazifascista difundida pela Grande Mídia em associação à Farsa-Jato (Globo, GloboNews, Antas, Estadão, etc) e foi potencializado com o advento das redes sociais que também aproveitaram-se da impunidade nas redes para efetivar o discurso de ódio e das FakeNews (Olavo, MBL, Vem pra rua, Youtubers, Memes buscando criar um clima análogo aos Ipês e Ibad para o golpe militar de 1964 ou fascismo da década de 1930)…
A classe D e E nesse período foi tomada também pela influência de igrejas pentecostais que buscam incutir a ideologia de capitalismo empreendedor individualista aos mais pobres, enquanto a Classe B e C foi tomada pelo mesmo empreendedorismo individualista via ideologia Neoliberal que só satisfaz as elites e desregulamentações principalmente do Mercado Financeiro (que também buscou incutir sua lógica especulativa nessa faixa de renda).
E aí o que fazer?
Para essa parcela da classe média que se considerou empresário (mesmo sendo precarizado, desempregado, empregado ou servidor público descompreendidos), o PT seria alvo de ódio por se ter a impressão que os tributos lhe tolhiam lucros e que esses valores iriam para pessoas humildes que não queriam que se aproximassem da mesma cesta de consumo (e ainda poderia rivalizado com os herdeiros na disputa no vaga de universidade ou vaga de emprego) ou mesmo que não entendiam uma tributação injusta que era pesada com a classe média (e mais ainda com os pobres por se ter maior incidência de impostos indiretos) e como não viam retribuições imediatas (já que a dívida pública era voltada para as classes altas e as políticas sociais para as classes C, D e E).
A esse pessoal da classe B foi dado coesão a partir da gourmetização dos estádios de Copa do mundo e Grupos de ZAP, enquanto os de classe C não se politizaram nos governos do PT, que se preocuparam apenas com a sanha consumista destes. A politização da classe média ocorre via radicalização via propagandas de reação como na eminência do Golpe de 1964, no Golpe das eleições de 1989 ou no Golpe de 2015/2016 que o PIG respectivamente apoiou os Militares, Collor e Aécio (depois o parlamentarismo de fato que se seguiu com Cunha, Maia até recentemente).
Então a classe média B radicalizada pelo fascismo do antipetismo votou em peso no capetão Bozo que representaria “Menos Brasília/Estado” e a classe média C, D e E buscou no Bolsonaro um candidato que sabia como nenhum outro se comunicar via mídias sociais e poderia representar o “anti-sistema” (e o episódio da facada ampiou essa visão nesse público, além de sua esteriotipozação como “Messias” para neopentecostais). Apesar do Bozo representar o Sistema e a Corrupção, caiu no agrado de uma classe média manipulada (pelo moralismo e patriotismo de fachada) ou que agiu por cinismo (para manter as Deformas do Golpe, agora com alguém que parecia também ser mais radical no neoliberalismo: Paulo Guedes).
Ocorre com a incapacidade de gestão do Bozo, parte dessa classe média (principalmente os que se tornaram descrentes do empreendedorismo fantasioso e a classe alta que perde lucratividade no mercado financeiro) vai do Bozo para o juiz corrupto do Moro (basta ver o perfil dos maiores apoiadores dos dois para ver a semelhança, principalmente na classe média alta do sul).
E aí se encontra a chance desperdiçada até o momento de Ciro em buscar contrapor a narrativa da Farsa-Jato e desconstituir a imagem de “herói” do Politiqueiro criminoso do Moro que é péssimo em debates e não empolga comunicacionalmente que por isso a direita do PSDB tende a lhe colocar como um vice de alguém com mais carimba (tentaram Dória, mas agora parece que seria Huck ou principalmente Eduardo Leite para ser o Novo Collor a ser criado) para representar a simbologia da “honestidade” sem o colocar em confronto que o destruiria. Seria o antagonista (desculpa a redundância) ideal para o Ciro subir nas pesquisas conquistando os arrependidos do Capetão, que se tornariam arrependidos do Moro – além de o Ciro não se queimar com os eleitores históricos do PT que representam algo em torno a 25% a 30%.
Ciro nem precisava ter focado em desqualificar o Capetão (apesar de necessário, pois segue-se um rito de votos de arrependidos no Capetão para o marreco do PSDB), mas o que lhe traria mais votos da classe média radicalizada que poderia ser simpática à postura de atirador do Ciro seria a desqualificações de Lavajatistas que traria os arrependidos do Marreco pro Ciro – sem contar que ainda traria admiração de eleitores de esquerda no Ciro como voto útil.
Uma pena que se analisam tantas pesquisas aqui no cafezinho, mas não se analisam as pessoas que estão por trás das percentagens da pesquisa… Além de principalmente não saberem escolher a estratégia mais adequada para o contexto desde 2013/2014 (principalmente Ciro que atira em todos os lados como biruta de aeroporto e Cirolipasminion que o seguem cegamente inclusive insuflando o antipetismo que é adubo para o NeoFascismo de Bozo e Moro), inclusive para que a esquerda trabalhe de forma coordenada por eleitores de faixas de renda ou segmento etário com maior potencial de crescimento.
Desde 2015 sente-se a falta de um João Santana para o PT ou Ciro (apesar que a proposta que foi colocado para Ciro em 2018 de ser vice de Lula, para em um possível impedimento/Golpe contra Lula esse assumisse a cabeça da chapa com Haddad de vice… foi a estratégia recusada naquela feita, mas que foi exitosa na argentina anos depois), mas principalmente sente-se a falta de um Brizola para o PDT que em momentos cruciais da história sabia escolher a ação mais correta, mesmo que acima de vaidades.
Alexandre Neres
24/03/2021 - 14h05
Prezadíssimo Tiago Silva, em que pese seu texto percuciente, sinto em te dizer que, tal qual no jargão judicial, a questão precluiu. A Falha lançou uma investida para tentar ressuscitar o tal centro imaginário, primeiro com os empresários, depois veio o Datafalha com uma pesquisa em que não por acaso não divulgou nada sobre a eleição presidencial de 2022. Todas as caixas ressonâncias começaram a ecoar o discurso, a turma do nem-nem. Como todas as acusações que pesavam contra Lula desarvoraram com a decisão de ontem, não há condenação nem mais nada subsiste em relação a ele, a campanha da Folha também caiu por terra com a decisão judicial, perdeu o timing. A Falha foi atropelada pelos fatos e vai ter que encontrar outro discurso, pois a campanha foi abatida em pleno voo, já que não esperava que a decisão fosse ser prolatada em tão pouco tempo. A bem da verdade, precisamos nos dar conta, como sociedade plural e diversa, que não mais podemos aceitar os desmandos judiciais e os jornalísticos. Essa relação espúria entre mídia e Lava Jato fez com que não tivéssemos acesso tanto ao devido processo judicial quanto ao devido processo jornalístico. Todos nós, cidadãos, temos o direito subjetivo de ter acesso às informações e que tal serviço seja prestado a contento, não de campanhas odiosas que fazem incitamento ao ódio e são um tributo ao mau jornalismo, o que acaba gerando esse resultando que constatamos a olhos nus em nossa volta e um bando de zumbis que, de forma acrítica, passam a reproduzir conjuntamente platitudes desprovidas de qualquer senso. Quanto ao Lula, confesso que adoraria vê-lo ser julgado por um tribunal imparcial, porém infelizmente, devido a sua idade, inexoravelmente tais processos irão prescrever. Forte abraço!
Ugo
23/03/2021 - 20h58
Como já foi dito antes….os brasileiros não são os idiotas que vcs acham, o STF pode anular a Lava Jato em todo que nada irá mudar os fatos eba opinião dos brasileiros sobre as porcarias imundas que o PT, Lula e Cia, Congresso, Empreiteiras, etc…aprontaram na época dos governos petistas.
ULISSES
24/03/2021 - 08h39
Você ainda está comendo por causa das reservas cambiais amarzenadas pelo governo Lula e Dilma. Dei-se por satisfeito. Quanto ao vômito diarreico, desnecessário tanta sapituca! Se opinião fosse provas, seu presidente estaria na cadeia! Atenha-se as provas
putin
24/03/2021 - 09h12
toma no furico e calado, criminoso nazista do illinois, kkkk
Alexandre Neres
23/03/2021 - 20h40
Hoje é um dia muito especial. Estou de alma lavada. Este é o processo mais relevante de todos. A chicana e os atropelos de instância de Fachin são de somenos importância. Tudo o mais fica em segundo plano, se Lula vai ser ou não candidato a presidente. Em meio ao pandemônio que estamos vivendo, são questões menores. O que cala fundo em mim é alguém ser vítima de injustiça, ser perseguido de forma implacável, nada há de mais abominável.
O julgamento de hoje foi antológico. Moro é um juiz safado e parcial! O Supremo deixou patente que o epicentro do ordenamento jurídico pátrio é o princípio da dignidade humana. Agora consigo vislumbrar uma luz no fim do túnel. Iremos resgatar nosso país da barbárie e do genocídio!
Galinze
23/03/2021 - 20h39
Os crimes que Lula cometeu não se apagam, será condenado novamente nesse mesmo processo por outro juiz assim como foi no caso do sítio e será em outros processos… mudou nada.
Que essas sejam manobras do STF para tentar por alguém no outro lado da balança em vista das próximas eleições é bastante claro.
Raul Alves
23/03/2021 - 22h29
Lamento viver na mesma sociedade que um indivíduo desonesto….como você!
ULISSES
24/03/2021 - 10h04
Que crimes? Salve o moro se sabe e tem provas de algo que ninguem descobriu
alex
24/03/2021 - 10h16
Essas decisoes do STF favorecem o Bolsonaro, os brasileiros tomam cada dia mais nojo das bizarrices
politicas do STF:
Kleiton
23/03/2021 - 20h34
Triste notícia para Lula…tudo que ele não quer é ser elegível pois nesse caso será obrigado a se candidatar sem querer.
Mesmo assim acho que não se candidatarà, inventarà uma desculpa e dirá que conseguiu seu objetivo de demostrar a parcialidade de Moro…coisa que aconteceu.
Para a maioria dos brasileiros não muda nada, a opinião sobre Moro e Lula continuará a mesma.
Raul Alves
23/03/2021 - 22h32
Madame Dinah! Quanto tempo! Estava com saudades. Se disfarçar como Kleiton foi genial.
ULISSES
24/03/2021 - 10h03
É sonho seu o desejo?
ANGELO MARCIO SANTOS SILVA
23/03/2021 - 20h00
Parabéns ” o cafezinho “, somos testemunha da imparcialidade quanto ao julgamento do.lula por vcs. Parabéns pela matéria, lúcida, completa, justa e realista …..sigamos