O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, afirmou que se o 2° turno das eleições presidenciais de 2022 for entre o ex-presidente Lula e Jair Bolsonaro, prefere “levar um tiro” e que o partido vai buscar uma candidatura que escape dessa polarização.
A declaração foi dada após ser questionado se tomaria a mesma posição de Fernando Henrique Cardoso.
“Ele (FHC) foi colocado num pelotão de fuzilamento. Foi dito a ele que tinha que fazer a opção para não levar um tiro. Eu levaria o tiro. Nós vamos trabalhar fortemente, firmemente para ter outra alternativa que não seja as duas. Se chegar a essa alternativa, infelizmente eu voto em branco”, disse em entrevista no UOL.
“Mais da metade dos eleitores brasileiros quer uma alternativa que não seja Bolsonaro e não seja Lula. Nosso papel vai ser construir, com nossos candidatos, no campo do diálogo, uma alternativa que possa capturar mais de 50% do eleitorado brasileiro e outra parte do eleitorado tanto do Bolsonaro quanto do petismo que possa identificar uma alternativa fora dessa polarização, como alternativa de voltar a trazer o país para um ambiente racional de discussão de temas relevantes para reduzir desigualdade social, gerar empego, olhar para economia”, completou.
Araújo ponderou que PT e PSDB estão juntos pela defesa da democracia, mas apontou as diferenças cruciais que impedem o diálogo entre os partidos.
“Hoje, o PSDB e o PT continuam com largas e grandes diferenças de visões de país, sobretudo do ponto de vista macroeconômico. Com o discurso do presidente Lula na sua coletiva recente, parece que essas posições começam a ficar cada vez mais distantes. O PT faz parte de um conjunto, aí sim, de todos que tiverem no campo da resistência para que permita que a democracia brasileira continue em processo de amadurecimento democrático. Nós vamos seguir”
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