O Poder Data, seção de pesquisas do site Poder 360, divulgou há pouco uma pesquisa (ver aqui a íntegra do relatório) para as eleições presidenciais de 2022 em que, pela primeira vez, o ex-presidente Lula aparece à frente, com 34%, quatro pontos de vantagem sobre o atual presidente Bolsonaro, que tem 30%.
A pesquisa traz um Lula quase imbatível. Tem a menor rejeição, 40%, mais de 10 pontos abaixo de qualquer outro candidato, e o maior potencial: 53% dos entrevistados afirmaram que podem votar em Lula.
Bolsonaro, em segundo lugar, tem rejeição de 53%, e potencial de voto de 43%.
Nas projeções de segundo turno, Lula também ganha de Bolsonaro, com cinco pontos de vantagem: o placar seria de 41% X 36% em favor de Lula.
A pesquisa traz um quadro extremamente polarizado, com os dois principais candidatos, Bolsonaro e Lula, recebendo 64% dos votos totais.
Os outros candidatos figuram num terceiro lugar distante: Moro, Ciro e Doria tem apenas 6%, 5% e 4%, respectivamente.
A análise dos votos estratificados mostra que a força principal de Lula está entre famílias com renda entre 2 e 5 salários, entre as quais ele pontua 45%, contra 20% de Bolsonaro.
Já Bolsonaro ainda tem força nos estratos superiores da classe média, com renda entre 5 e 10 salários (que, no entanto, representam um percentual bem menor do eleitorado), onde ele pontua 48%, contra 23% de Bolsonaro.
Nos dados estratifiacados para o segundo turno, chama atenção alguns dados:
- Lula ganha de Bolsonaro no Sudeste por 45% X 30%.
- A vantagem de Bolsonaro está concentrada no Sul, onde ganha por 45% X 32%, e no Centro-Oeste, no qual o placar em favor de Bolsonaro seria de 57% X 32%, num eventual segundo turno.
- Entre eleitores com nível superior, Lula teria seis pontos de vantagem sobre Bolsonaro, o que mostra uma reviravolta impressionante do petista junto a esse público, junto ao qual Bolsonaro teve maioria consolidada nas eleições de 2018.
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A pesquisa também sondou a opinião dos eleitores sobre a decisão do STF que anulou os processos do ex-presidente. A população segue dividida: 46% discordam, contra 45% que concordam.