Por Gabriel Barbosa
Neste domingo, 7, o IPEC divulgou um levantamento que mostra o grau de conhecimento de dez possíveis candidatos a Presidência da República em 2022.
Naturalmente que o nome do ex-presidente Lula (PT) foi o mais citado pela sua longa e importante história na política brasileira. De acordo com a pesquisa, cerca de 50% dos entrevistados depositaram em Lula o seu potencial voto. Já outros 44% disseram que não votariam de jeito nenhum no líder petista.
Mas apesar disso, é bom lembrar que “potencial de voto” e “intenção de voto” são coisas distintas.
Na primeira manifestação, o eleitor afirma que conhece o político e não descarta como opção até que fatores externos não exerça influência negativa sobre sua escolha, no marketing político é o que chamamos de “predisposição de voto”.
Como Lula é mais conhecido que o atual presidente da República é natural que seu nome esteja na ponta. Também é necessário ressaltar que independente de como o petista é visto pela sociedade, seu nome sempre será pauta na mídia e faz com que sua figura continue sendo conhecida.
Já no segundo fenômeno, o eleitor já demonstra que está decidido e que independente do que aconteça o político terá o seu voto. Em outras palavras, o levantamento do IPEC não mostra as intenções de votos das candidaturas, mas o potencial que cada uma tem com os eleitores e esse detalhe faz muita diferença no universo eleitoral.
Se levarmos em consideração apenas o último levantamento do Paraná Pesquisas, Bolsonaro registra 32,4% das intenções de voto enquanto Lula tem cerca de 18% e carimba sua passagem para o 2° turno, embora sua candidatura seja uma incógnita enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) não fizer o julgamento sobre a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro nos casos do triplex de Guarujá e do sítio de Atibaia.
Em relação aos outros nomes levantados pela pesquisa do IPEC, pode-se afirmar que o jogo continua em aberto, com exceção da ex-senadora Marina Silva (Rede) que dificilmente será candidata.
Faltando 18 meses para a eleição, os possíveis candidatos tem um longo caminho, desde articulações com os partidos, diálogo com as bancadas temáticas e a formação de palanques nos estados. É o jogo da democracia em plena atividade!