Por Gabriel Barbosa
Em meio ao caos da segunda onda da pandemia do novo coronavírus e a ausência do auxílio emergencial para garantir o básico nos lares de milhões de brasileiros desempregados, o presidente Jair Bolsonaro passa pelo fenômeno de queda livre na sua aprovação.
Pela primeira vez, o nível de bom/ótimo está abaixo dos 30%. De acordo com o levantamento divulgado pelo IPEC (Inteligência, Pesquisa e Consultoria), Bolsonaro agora tem apenas 28% de aprovação. É o pior índice de aprovação de um presidente da República no primeiro mandato.
Já outros 39% dos eleitores consideram Bolsonaro ruim/péssimo. A margem de erro é dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
Mas embora Bolsonaro esteja em declínio constante, o percentual ainda não é suficiente para que o Congresso Nacional pelo menos analise um dos mais de 60 pedidos de impeachment.
Os dados do IPEC apontam que apesar de toda a tragédia sanitária e a crise econômica que assolam o país, Bolsonaro tem o apoio fiel de 38% dos evangélicos. Outros 27% o renegam como líder da nação.
No que diz respeito a faixa de renda, Bolsonaro tem sido mais rejeitado entre aqueles que recebem acima de salários mínimos, são 47% que o consideram ruim/péssimo e 24% que avaliam como ótimo/bom. O IPEC ouviu 2.002 pessoas presencialmente em 143 municípios.
Já entre os mais pobres e castigados pela crise, Bolsonaro ainda consegue manter seu nível de aprovação em torno de 26% e sua rejeição é menor, 38% que consideram ruim/péssimo.
Mas apesar disso, cerca de 87% dos brasileiros concordam que o auxílio emergencial será necessário até quando a economia volte a dar sinais de normalidade e isso vai muito além das quatro parcelas de R$250 proposto pelo Governo Bolsonaro.
O apelo maior pelo benefício vem do Nordeste, são 91% que concordam parcial ou totalmente que o auxílio emergencial deve ser pago até a normalidade da economia. Outros 87% estão no Norte/Centro-Oeste e Sudeste e 80% no Sul do país.
Os dados divulgados pelo IPEC não deixam de ser complexos para entender como uma parcela significativa do país ainda continuar firme e forte com Bolsonaro, o pior presidente da República sem rival.
Mas pelo que tudo indica, ainda há muito chão e egos a minimizar para que a oposição e os democratas do país sentem para debater uma verdadeira alternativa diante do perigo iminente liderado por Bolsonaro.
Só esperamos que quando essa hora chegar, não seja tarde demais!