Nesta quinta-feira, 4, o senador Jaques Wagner (PT-BA) falou na Rádio Metrópoles de Salvador (BA) sobre a possibilidade de ser vice na chapa com o vice-presidente Nacional do PDT, Ciro Gomes, em 2022.
“Está ficando difícil. Acho ele uma pessoa bem informada, mas adentrou um caminho. Tem uma entrevista minha que eu digo que o PT continua querendo ampliar, mas eu não posso ampliar com alguém que diz ‘eu quero lhe derrotar e que você não esteja aqui’. Quando a gente quer uma sociedade e uma frente, você senta com todo mundo sem preconceito. Pode ser eu, você ou outro, tudo isso é admissível. Agora já quer sentar numa mesa, querendo uma frente ampla, desde que o PT não tenha candidato. Oxente, vá se criar”.
Além disso, o petista afirmou que Ciro “está com saudades da Arena” (partido que deu sustenção a ditadura militar e atualmente é o PP, legenda aliada do PT na Bahia) e disse acreditar que o pedetista quer ser o líder da centro-direita no Brasil.
“Ele não ajuda e não acho que ele queira fazer frente ampla. Acho que ele está com saudade da Arena, passou por outros partidos, serviu ao governo do presidente Lula e agora não sei, quer ser o líder da chamada centro-direita. Está disputando com Huck, Doria e agora a Luiza Trajano, da Magalu e está pontuando. Gosto muito dela”
Mas apesar das críticas, Jaques deixou claro que vai apoiar Ciro Gomes caso chegue no segundo turno contra o presidente Jair Bolsonaro que classificou como “capitão aloprado”.
“Se ele for para o segundo turno, que é como ele diz que quer nos tirar, e do outro lado tiver o capitão aloprado, evidentemente estarei do lado dele. Acho que é um quadro que tem muito mais compromisso com o Brasil do que o outro”
Assista a entrevista completa!
Miramar
05/03/2021 - 13h16
Dois comentaristas disseram que Ciro foi da Arena. Essas pessoas sabem que estão mentindo.
Gabriel
07/03/2021 - 09h02
Durante a ditadura a Arena e o MDB mudaram seus nomes, a arena passou a chamar PDS e o MDB, PMDB. Agora, vai na wikipedia do Ciro e vê o primeiro partido pelo qual ele foi filiado. Ele tem uma justifica bem razoável e tal, mas ele passou, passo
Otavio
05/03/2021 - 08h41
De qual Ciro estamos falando? Do que pegaria o Lula, se condenado sem provas como foi, e o levaria pelo braço para refugia-lo na embaixada de um país democrático ou o que foi a Paris no 2° turno de 18 e diz que o problema todo do Brasil é o Lulopetismo e que o DEM ( antigo PFL ) e o PSD do Kassab é que, aliados ao Ciro, darão suporte a um governo “desenvolvimentista,”progressista” e “popular”???
Carlos André
05/03/2021 - 10h47
E SEMPRE tem algum mau caráter lulopetista corrompido que repete a fake news que Ciro foi pra Paris antes do segundo turno de 2018.
Otavio
05/03/2021 - 16h33
Pelo grau de ofensa, agressividade e nível do seu comentário fica clara a conclusão de se tratar apenas de um Bolsominion com sinal trocado. Saudações…
Miramar
05/03/2021 - 13h12
Não há contradição entre uma coisa e outra. De qualquer forma, é interessante lembrar que o PSD foi fundado pela ala do DEM que queria participar do governo Dilma. O próprio Kassab foi ministro da Dona Dilma, o que não tornou o governo nem desenvolvimentista nem progressista, embora continuasse a ser um cabide para esquerdistas desocupados, o que no Brasil é visto como ser de esquerda. Junte-se a transa com o mercado financeiro e as construtoras e temos a “centro-esquerda”.
Quanto ao único político de expressão nacional que possui um Projeto Nacional de Desenvolvimento, este continua sendo Ciro Ferreira Gomes.
Sigma7
05/03/2021 - 07h54
E Haddad quer ser (e já é) o líder do neoliberalismo de esquerda, uma invenção do lulopetismo.
Alexandre Neres
05/03/2021 - 10h40
Nunca vi tanta nonsense numa frase tão curta. Mesmo em tempos de fake news dizer que o PT inventou o neoliberalismo de esquerda desvela uma ignorância histórica. É sintomática a utilização do termo pejorativo “lulopetismo”. O cara se acha progressista, mas não passa de mera caixa de ressonância de Merval Pereira.
helio
05/03/2021 - 01h00
Ciro de centro-esquerda é uma piada das ruins. Ciro é um filhote da Arena, cria da ditadura, para a qual o pai dele deu suporte político e a legitimou. Na política no estado democrático, as alianças são normais, o PP de hoje não é mais a Arena, onde a família do Ciro militou; é um partido de direita com os seu projeto de estado minoritário e representação do capital transnacional, como o PT é um partido democrático de esquerda com um projeto social, onde se destaca o papel do Estado, como foi demonstrado nos governos Lula e Dilma, antes que o dela começasse a ser golpeado a partir do Congresso Nacional, com a imprensa batendo o bumbo. Se o PP se alia ao PT, ele vem a reboque do projeto do partido líder, como no governo petista da Bahia.
Gabriel Barbosa
05/03/2021 - 08h28
Você tem razão, o PP de hoje não é mais a Arena, é pior. Nos bastidores chega a ser mais prejudicial que o próprio DEM. Não a toa muitos “figurões” perigosos do PP de hoje eram do DEM. Onde está hoje Ciro Nogueira a quem Lula e Dilma tanto se apegaram no palanque?! Na Bahia, o governo de Rui é CENTRÃO e um pouco de esquerda só pra não perder a narrativa.
Alexandre Neres
05/03/2021 - 11h30
Meu caro Gabriel, é complicado afirmar que o PP é pior do que a Arena, partido hegemônico da ditadura. O PP é um partido fisiológico. Os incautos podem falar o que quiserem, já que nunca governaram e podem se declarar limpos e puros. Quando se está no governo, para aprovar leis e projetos precisa-se de voto, inclusive dos fisiológicos. No caso do PT, uma série de partidos fisiológicos se subordinou ao projeto do PT enquanto o partido teve força, com suas exigências de baixo clero que quem governa tem que lidar de uma forma ou de outra. Sobretudo devido à péssima composição do Congresso, até então todos os governos precisaram contar com o apoio dessa turba.
Quando os milicos davam as cartas, por questões de capitania hereditária e clãs políticos, Ciro aos 25 anos foi eleito pelo PDS. Quando a ditadura passou a fazer água, foi pro PMDB. Com o governo do Sarney caindo pelas tabelas, foi juntar-se aos notáveis do PSDB. As crises minaram o governo FHC, Ciro anteviu que o caminho era à esquerda e foi para o PPS. Á época ainda se acreditava que Freire era socialista, mas com o PT na presidência, foi para o PSB que estava na base de apoio. Ficou na entourage do PT, até que o establishment fez um pacto por cima e defenestrou o PT por meio de um golpe híbrido. Com o tempo, Ciro passou a se referir ao “lulopetismo” e à “corrupção”. Com a chegada da onda verde-amarela, Ciro mudou o enfoque para a pessoa decente, primo-irmão do cidadão de bem. Com Bolsonaro eleito, quando chegou de Paris Ciro se recolheu e lhe deu uma trégua de 180 dias para levar a cabo seu projeto e assestou todas as suas baterias contra seu novo inimigo predileto, qual seja, o PT. Há pouco tempo todo pimpão começou a lançar seus impropérios e sua verborragia contra o boçal-ignaro, autoproclamando-se o grande opositor do mito.
Jaques Wagner está coberto de razão, inclusive pelas questões regionais. Não bastasse passar pano para rematados golpistas como Maia, o ungido do deus-mercado e representante-mor dos faria limers, Ciro busca incessantemente o apoio de ACM Neto. Que era golpista, eleitor de Bolsonaro, todos sabíamos. Porém, depois apunhalou Maia pelas costas, que até então era seu amigo e se juntou a Bolsonaro nas eleições da Câmara apoiando Lira. Se fez isso com Maia, o que não faria com Ciro? ACM Neto se aliou com Bolsonaro para angariar apoio ao governo do estado da Bahia e emplacou João Roma (PP) no Ministério da Cidadania. Será mesmo que o PP é o demo encarnado,é pior do que o DEM? O PP é da base do carlismo com o qual Ciro Gomes quer se aliar a todo custo. O cordão sanitário de Ciro Gomes não afasta nem Bolsonaro, já que depois de tudo que Neto fez, continua buscando seu apoio. Não há como se aliar a quem desrespeita as regras do jogo democrático e o estado de direito, na medida em que não cumprem acordos e já deram prova cabal disso, e ainda por cima apoia Bolsonaro até hoje após terem sido cometidos inúmeros descalabros. Dessa forma, Ciro Gomes prejudica toda a esquerda ao conferir legitimidade política não só a golpistas como a bolsonaristas. Ciro Gomes não passa de um cavalo de troia.
Jorge Juca
04/03/2021 - 21h43
Olha, só pra avisar os desinformados. Tem bastante, bastante gente de esquerda radical (estou falando de uma porcentagem alta de um grupo pequeno de pessoas) que vota no Ciro. Acreditem, eu sei do que estou falando.
Alan C
04/03/2021 - 19h55
E desde quando Ciro disse que o PT não deve ter candidato?????
De onde a petezada tirou essa fake news escalafobetica????
O PT pode e deve ter candidato. Adversários políticos sim, querer dar uma de bozolóide, NÃO!
Isso a gente deixa pra dupla bolsominions + petistóides.
EdsonLuiz.
04/03/2021 - 19h54
Ciro não quer ser o líder da centro-direita não, senhor Jaques Wagner. Ciro é um político de centro-esquerda, como ele pode querer ser líder da centro direita? A não ser que o senhor falou isso para ‘apoquentar’, que é como vocês falam aí na Bahia. Se falou para ‘apoquentar’, quem não está contribuindo é o senhor.
Muitos do PT sempre fazem assim, e não é só com Ciro Gomes que fazem. E até onde sei, o senhor é um homem por quem Ciro Gomes tem muito apreço, assim como tem apreço por vários filiados do PT.
Vocês têm repetido muito, não sei com qual intenção, que Ciro Gomes é de direita. Vamos ver: Ciro foi filiado ao antigo PDS, ao PSDB, ao PPS, ao PSB, a um outro partidinho que não me lembro o nome e agora é filiado ao PDT. Veja! Todos partidos de centro-esquerda, afora o PDS, partido ao qual ele foi filiado quando tinha 13 ou 14 anos de idade. O fato é que na idade adulta, Ciro Gomes sempre foi filiado a um partido de centro-esquerda.
O senhor pode ‘apoquentar’: mas e o PSDB?
Eu respondo, senhor: quando o Ciro foi filiado ao PSDB, esse partido era marcadamente um partido social-democrata. O PSDB foi passando a partido social-liberal e hoje, para mim, é mesmo um partido que defende propostas de direita, em geral. Muitas vezes, propostas de direita muito boas, outras, eu não acho. Mas para o que importa, quando o Ciro estava no PSDB, este partido era de centro-esquerda. Melhor do que ser um partido sem nenhuma definição ou ser uma federação de correntes e interesses, tendo até neo-aristocratas com mandato misturados com quem se diz marxista de ultra-esquerda, não é? Vou começar a chamar esse tipo de partido de Partido-Confusão.
De qualquer modo, esse clivo que o PT faz entre esquerda e direita é muito manipulativo e dicotômico. Esse clivo direita/esquerda explica muito o ideologismo bobo de certos discursos, mas não explica em nada a sociedade. E o bobismo ‘esperto’ desse discurso fácil já dividiu muito e fez muito mal ao Brasil, senhor. O Brasil precisa ganhar maturidade política e civilizatória, senão vamos terminar sempre nas mãos de populistas e corporativistas. Não é?
E uma aliança, quando realmente necessária, como este nisso momento no Brasil, deve ser feita com todos os democratas. Não pode ser feita com canalhas.
Agora, querer riscar direita contra esquerda é que dá na merda que deu. Riscaram, riscaram, riscaram, enfraqueceram todo muito atacando levianamente até reputações, e deu em crise econômica gigante e bolsonaro. Que grannnnnnde resultado!
Creia, senhor, pelo que eu acompanho daqui do Estado do Espírito Santo, Ciro Gomes é um grande amigo e tem muita consideração pelos bons filiados ao PT. O senhor, entre eles.
Roberto Luiz
05/03/2021 - 02h59
Edson, concordo com você em tudo sobre o Ciro e PT, só acho que o PT está reagindo às pancadas públicas que tem levado do Ciro. Ciro partiu para o ataque quando percebeu que nunca conseguiria uma união da Esquerda, sobretudo com o PT. Teve que ativar seu “Plano B”. Tornou o PT seu alvo principal, buscando ser uma alternativa no mesmo espaço político e abocanhando partes dessa Esquerda. Só que para vencer sem o PT vai precisar muito mais do que isso. Vai precisar do Centro e alguns da Direita moderada. Aí é que mora o perigo. O quanto esses caras vão cobrar por isso? Será que a continuidade da política econômica vigente? Política maldita, vigente desde FHC, com poucas alterações feitas pelo PT, e que tem nos levado à bancarrota e feito a alegria dos poderosos. Ou seguirá com seu plano desenvolvimentista? Acho complicado combinar Keynes com laissez-faire.
Veremos.
EdsoLuiz.
05/03/2021 - 11h42
Sim, Roberto Luiz, economia é política muito sensível.
Uma coisa são as ferramentas de cada escola, do keynesianismo ao neo-liberalismo, outra coisa é o uso ideológico que se faz das idéias dessas escolas. Aliás, vão chamando tudo e todos de neoliberais, apenas usado como adjetivo de ódio, sendo que o Partido que apóiam, sempre que necessário, se socorreu em políticas neoliberais.
Eu não reconheço uma escola de economia de esquerda. Não existe nem mesmo uma teoria de Estado de esquerda. A esquerda improvisa como teoria do Estado o leninismo, imagina!
A análise do Marx é uma análise vigorosa de uma etapa histórica, o capitalismo, análise fundamentada na forma social da etapa histórica. Trata-se de um imenso elogio do capitalismo, mas debulha suas contradições e apela à sua superação em favor de mais justiça e igualdade de modo radical. Marx apela à superação histórica do capitalismo. Consultado por Engels sobre o uso de suas idéias pelo movimento social, Marx autorizou, ela formulação teorias, mas era um homem de ação; informado de que o pedido se dava por ter muitos ‘marxistas’ no movimento, Marx declarou a Engels que não seria um marxista. Em economia, Marx parte dos economistas clássicos. O que tem de economia no livro ‘O Capital’ é David Ricardo, o economista que Marx mais admirava. Um liberal de esquerda.
Eu quero isto: muito mais justiça nas relações sociais. Radicalmente! Mas só conseguiremos avançar pausadamente. Não é possível estabelecer relações sociais artificialmente, formulando primeiro uma teoria social como ficção e depois ‘dando um golpe’ e implantando o socialismo. Sequer há uma formulação para implantar novas relações, e não é porque não conseguimos elaborá-la; é porque primeiro as novas relações se estabelecem e só depois então é possível formular sobre essas novas relações. Quanto à estrutura político-jurídica de uma nova ordem, como essa estrutura não pode ser artificial, somente após o surgimento dessa nova ordem é possível pensá-la.
Não existe teoria revolucionária, logo, não existe teórico revolucionário. Existem teóricos; revolucionários, não! Mas o que tem de papagaios de Marx. ‘Marxistas’: kkk.
Revolucionário é quem revoluciona o modo de produzir. Pode ser um engenheiro, hoje pode ser um gênio da Inteligência Artificial, mas pode ser um operário ou camponês também, com as inovações que concebem. Revolucionário não é o militante de um partido político.
O feudalismo, em permanente modernização e mudança, engendrou o capitalismo internamente ao seu intestino. Claro que nele teve forças internas resistentes às mudanças, mas a força da história sempre tem se demostrado mais forte. Levou uns 500 anos da transformação do feudalismo até o nascimento do novo modo de produção. Também será assim com o capitalismo. O capitalismo dirá aquilo em que quer ser transformado, e esperemos que seja em alguma coisa mais justa. Tudo indica que é isto que o capitalismo quer, quando olhamos para onde o capitalismo realmente está avançado, a Dinamarca, a Suécia, a Finlândia, a Noruega, a Holanda …
Não há uma luta sistêmica porque sequer há uma eleboração alternativa ao capitalismo. Não existe o ‘Socialusmo’. E não é possível existir essa elaboração porque seria artificial. Se existisse, primeiro se teria a elaboração e só depois se cumpriria a história.
Quem impede que o capitalismo se estabeleça para permitir que a história avance não está sendo revolucionário, está sendo atrasado e reacionário. Permitamos que o desenvolvimento das Forças produtivas siga seu curso para que se cumpra a história.
O momento é de construir um Partido de Centro-Esquerda no Brasil. Eu entendo o PSB, o Cidadania, o PV, o PDT, o Rede e mesmo o PCdB como fragmentos da mesma força política e deveriam se juntar e formar um Partido. Como Partidos Políticos só reconheço o Partido Novo, como partido da Direita e o PSOL, como partido da esquerda. Precisamos ter o Partido da Centro-Esquerda.
É essa a frente que eu desejo que surja para enfrentar a ameaça da ultra-direita e não deixar que ela se estruture com muito poder e certo de que terá também de combater a extrema esquerda, que no Brasil está espalhada em um monte de partidos, com esse discurso bobo e atrasado que vemos pela internet.
Espero que dá articulação da candidatura do Ciro surja o Partido de Centro esquerda que o Brasil precisa.
Cuban crafter
04/03/2021 - 19h09
Ciro do Arena.