Marina aponta fragilidade política de Huck e diz que Ciro tem capacidade para ser candidato

Atuando nos bastidores da política, a ex-senadora Marina Silva (Rede) tem sido uma das articuladoras de um setor da centro-esquerda brasileira que não passa necessariamente pelo crivo do Partido dos Trabalhadores.

Uma das fundadoras do PT, Marina teve que sair do partido em 2009 após divergir com os rumos tomados pela legenda ainda durante o segundo governo Lula.

De lá pra cá sofreu ataques do próprio PT e passou por dois partidos, PV e PSB, até conseguir tirar do papel a Rede Sustentabilidade do papel. Atualmente, Marina é uma das líderes do partido.

Analisando o cenário eleitoral, a ex-ministra afirmou que enxerga fragilidade na articulação política do apresentador Luciano Huck, possível candidato a presidência da República em 2022.

“Eu advogo a renovação da política não só no discurso, mas também dos quadros. Mas acho que ele tem alguns problemas claros a serem enfrentados. A fragilidade da articulação em torno da qual a mídia está falando que ele está, com o DEM e o PSDB. A gente ouve que há essa articulação (dele) em torno do DEM e do PSDB. O DEM na eleição da (presidência) da Câmara foi para o Bolsonaro. O PSDB tem o Doria. Tem aí um desafio muito grande. Ele (Huck) precisa refletir muito”, disse ao Estadão.

Já no seu campo, a centro-esquerda, Marina aposta no vice-presidente Nacional do PDT, Ciro Gomes, como alternativa forte para enfrentar o presidente Jair Bolsonaro em 2022.

“O Ciro Gomes tem legitimidade, competência e capacidade para se colocar, mas eu acho que ele próprio não está trabalhando com essa ideia de terceira via. Ele e todos nós buscamos a recuperação sustentável da economia brasileira, a dignidade humana, a defesa da democracia, da liberdade de expressão e das instituições. Queremos uma primeira via”

Ela também falou sobre o que considera um ‘pesadelo’ na disputa de 2022.

“O pior dos mundos é criar a velha polarização que existia, entre PT e PSDB, e deixar o tempo todo o brasileiro em terceiro. Agora seria a velha polarização, mas entre Bolsonaro e Lula ou PT. Agora é o momento de a sociedade assumir o primeiro lugar”

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