Por Gabriel Barbosa
Nesta terça-feira, 23, o presidente Jair Bolsonaro entregou aos presidentes da Câmara e Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), uma Medida Provisória que permite uma suposta privatização da Eletrobras.
Aos tarados liberais que estão “animadinhos” com essa gesto de Bolsonaro tenho uma triste notícia. Na prática, a MP só concede o aumento na oferta de ações.
Por ser uma empresa de capital misto – assim como a Petrobras – a Eletrobras atua como uma holding que abriga todo o investimento privado que é feito através das ações na bolsa de valores.
Apesar disso, o estado brasileiro ainda detém o controle da empresa. Na MP, o BNDES é apontado como o responsável pela modelagem nesse aumento da oferta das ações.
No seu portfólio, a Eletrobras tem a Chesf, Eletronuclear, Eletronorte, Eletrosul, Furnas e 50% de Itaipu (outra metade pertence ao Paraguai).
Conhecendo de perto a bancada do Centrão, hoje tropa de choque do Governo Bolsonaro e com sede insaciável por cargos gordos, a maioria dos parlamentares desse blocão são organicamente contra a privatização da Eletrobras que sendo ou não usada para o fisiologismo ainda é estratégica para o Brasil.
Resumo da ópera, a tal “Agenda Brasil” citada por Lira e o circo armado por Bolsonaro tem o objetivo de colocar um pirulito na boca do mercado depois da barulhenta mudança na presidência da Petrobras e também para dar sobrevida ao mofado ‘Posto Ipiranga’, o ministro da Economia Paulo Guedes.
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