Nesta sexta, 12, o senador Robert Menendez que é preside a Comissão de Relações Exteriores no Senado dos EUA, condenou o silêncio do presidente Jair Bolsonaro e do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, pelo silêncio diante da invasão promovida pelos apoiadores do ex-presidente Donald Trump ao Capitólio em 6 de janeiro.
Na carta, Menendez também repudiou as declarações de Bolsonaro sobre fraude nas eleições americanas e reitera que se não houver uma retratação pública por parte do presidente brasileiro haverá retaliações.
“O apoio de seu governo a teorias da conspiração furadas e aos terroristas domésticos ameaçam minar a parceria entre os Estados Unidos e o Brasil”, deixou claro.
Em outro trecho da carta, o congressista americano manda uma mensagem direta para Ernesto Araújo que segundo ele, prioriza a relação com uma facção radical no que diz respeito a comentários de leniência do diplomata brasileiro sobre os extremistas de Trump.
“Esses eventos foram atos de terrorismo doméstico que resultaram em várias mortes e não foram, como disse o ministro Araújo, atos de ‘bons cidadãos’. O ministro Araújo está essencialmente priorizando a relação do governo brasileiro com uma facção radical do espectro político americano”
Os parlamentares norte-americanos estão descontentes com o posicionamento de Bolsonaro e Araújo.
Veja a carta completa!
Renato
17/02/2021 - 11h19
Está lindo, antológico, ver a esquerda brasileira batendo palminha para um senador americano querendo mandar no que o presidente do Brasil fala. É lamber bota dos americanos imperialistas que fala?
Antonio
17/02/2021 - 16h13
Pois é, lamber bota é muito feio, como diz o Renato. Bonezinho de Trump na cabeça e acordos sem contrapartida para o Brasil é que são atitudes verdadeiramente patrióticas.
O Demolidor
14/02/2021 - 23h20
Procurem ver qual foi a postura do EUA quando no Golpe16 e no golpe na Bolívia….
Surreal cobrarem isso de alguém…..hahaha
Netho
14/02/2021 - 14h51
E DAÍ?!
1993. Geisel diz que Bolsonaro é mau militar e queria um golpe. Na entrevista destaca que a vinculação dos militares com a política é tradicional, mas em sua opinião essa interferência diminuiria à medida do desenvolvimento do país. “Presentemente, o que há de militares no Congresso? Não contemos o Bolsonaro, porque o Bolsonaro é um caso completamente fora do normal, inclusive um mau militar. Mas o que há de militar no Congresso? Ninguém”. Geisel não imaginava a ‘República dos Maus Militares’.
2021. O mau militar passa o rodo no Parlamento e elege os presidentes da Câmara e do Senado com direito a loas e rapapés.
Ninguém no Parlamento nem nos partidos dá um pio à publicação do livro do general Vilas Boas que enquadrou – e enquadra até hoje -, o STF e o Parlamento, confirmando Luís Carlos Prestes em entrevista à Folha no ano de 1986 de que ”as Forças Armadas tutelam os 3 poderes”.
Paulo
14/02/2021 - 12h19
Araújo falou demais, para mostrar-se sabujo fiel a Bolsonaro, talvez. Mas o histórico de relações exteriores Brasil/EUA deve estar acima dessas questões menores de Governo…