Por Gilberto Maringoni
A entrevista do general Villas Boas, mostrando o envolvimento Institucional das Forças Armadas no processo golpista de 2016-18, suscita uma constatação dura.
Se os governos pós-ditadura não tivessem se acovardado e decidido criar uma comissão da verdade com consequências efetivas, como as do Chile e Argentina, a sanha truculenta dos militares teria sido cortada na raiz.
A punição exemplar de torturadores e da cadeia de criminosos da ditadura teria inibido a desfaçatez de gente como o próprio Villas Boas, além de tipos como Heleno, Mourão, Braga Neto, Pazzuelo etc.
Ao invés de tribunais para elucidar e punir crimes, as turmas dos quartéis foram trazidas de volta à cena política com a malfadada missão ao Haiti. Nada acontece por acaso.