Por Altamiro Borges
O cerco vai se fechando contra os genocidas do Palácio do Planalto. A revista Época registrou que “o ministro Ricardo Lewandowski enviou nesta sexta-feira (22) à Procuradoria-Geral da República (PGR) notícia-crime que pede a investigação de Jair Bolsonaro e Eduardo Pazuello por supostos crimes de prevaricação e exposição da vida de outras pessoas em risco”.
Segundo a notinha, “o pedido foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela bancada do PCdoB na Câmara Federal. O partido solicitou investigação contra Bolsonaro e Pazuello pela falta de oxigênio em hospitais no Amazonas. Os parlamentares afirmaram que o presidente e o ministro fizeram pouco caso da crise”.
Pela postura servil de Augusto Aras, já batizado de “bajulador-geral da República” – e que inclusive está sendo questionado por vários subprocuradores da República –, tudo indicava que o pedido seria arquivado. Mas agora a Folha informa que a PGR pediu a abertura de inquérito contra o sinistro da Saúde. O capitão-presidente segue impune, mas o general entrou na linha de tiro.
Responsabilização cível, administrativa e criminal
Em sua petição, a PGR ressalta que Eduardo Pazuello tinha “o dever legal e a possibilidade de agir para mitigar os resultados” da tragédia da falta de oxigênio nos hospitais do Amazonas. Ainda afirma “que eventual omissão seria passível de responsabilização cível, administrativa ou criminal” e questiona a distribuição de 120 mil unidades de hidroxicloroquina no Estado.
“Atento à situação calamitosa de Manaus, o procurador-geral considerou necessária a abertura de inquérito para investigar os fatos”, enfatiza a nota oficial da PGR distribuída à imprensa neste sábado (23). Pelos sinais emitidos, Augusto Aras decidiu manter a blindagem ao presidente-amigão, mas resolveu rifar de vez o “craque na logística”, o general incompetente da Saúde.
Fruto do desgaste crescente do governo, a PGR mudou de postura. Antes, ela abriu inquérito apenas para apurar a atuação do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e da prefeitura de Manaus. A decisão foi bombardeada. “Bolsonaro e Pazuello também devem ser responsabilizados pelo crime de omissão”, afirmou o PCdoB ao criticar o servilismo de Augusto Aras.
O chefão acovardado da PGR
Na quarta-feira (20), sentindo-se acuado, o bajulador-geral publicou uma nota patética afirmando que não se sentia obrigado a investigar a ação criminosa do governo federal no Amazonas. “Eventuais ilícitos que importem em responsabilidade de agentes políticos da cúpula dos Poderes da República são da competência do Legislativo”, afirmou o chefão acovardado da PGR.
A manifestação foi rechaçada por subprocuradores do Conselho Superior do Ministério Público Federal (MPF), que afirmaram que Augusto Aras “precisa cumprir o seu papel de defesa da ordem jurídica, do regime democrático e de titular da persecução penal”. Agora, ele alivia para o amigão Jair Bolsonaro, mas alveja o general Eduardo Pazuello. O cerco vai se fechando!
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