Para continuar no governo, Centrão pressiona Bolsonaro para comandar pastas ocupadas por militares

Com a queda livre de Bolsonaro nas pesquisas e a proximidade da reforma ministerial prevista para acontecer após a eleição para as presidências da Câmara e Senado, o Centrão pressiona o Planalto para comandar a Casa Civil (Braga Netto) e a Secretaria de Governo (Luiz Eduardo Ramos), ambas chefiadas por militares.

Os parlamentares desse bloco acreditam que a presença de militares no primeiro escalão do governo atrapalha a negociação com outros partidos e a liberação dos cargos para indicados desse bloco, moeda de troca para permanecerem na base.

Considerado como ‘sem palavra’, Ramos também é visto como alguém que “não é do ramo” e que não tem trato político para liderar a pasta.

Além de ter convidado o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), Bolsonaro também chamou, segundo O Globo, José Múcio Monteiro, ex-presidente do Tribunal de Contas União (TCU). Porém, os dois negaram participar do governo.

Outra pasta cobiçada pelo Centrão é o Ministério de Minas e Energia, ocupada por Bento Albuquerque. O almirante da Marinha também é alvo de críticas do Centrão, especialmente com a falta de solução no caso do apagão no Amapá.

Se Arthur Lira (PP-AL) vencer a disputa pela presidência da Câmara, Bolsonaro deve recriar os ministérios do Planejamento, Indústria e Comércio para abrigar indicados do PP, PL, PSD e Republicanos.

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