Com a queda livre de Bolsonaro nas pesquisas e a proximidade da reforma ministerial prevista para acontecer após a eleição para as presidências da Câmara e Senado, o Centrão pressiona o Planalto para comandar a Casa Civil (Braga Netto) e a Secretaria de Governo (Luiz Eduardo Ramos), ambas chefiadas por militares.
Os parlamentares desse bloco acreditam que a presença de militares no primeiro escalão do governo atrapalha a negociação com outros partidos e a liberação dos cargos para indicados desse bloco, moeda de troca para permanecerem na base.
Considerado como ‘sem palavra’, Ramos também é visto como alguém que “não é do ramo” e que não tem trato político para liderar a pasta.
Além de ter convidado o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), Bolsonaro também chamou, segundo O Globo, José Múcio Monteiro, ex-presidente do Tribunal de Contas União (TCU). Porém, os dois negaram participar do governo.
Outra pasta cobiçada pelo Centrão é o Ministério de Minas e Energia, ocupada por Bento Albuquerque. O almirante da Marinha também é alvo de críticas do Centrão, especialmente com a falta de solução no caso do apagão no Amapá.
Se Arthur Lira (PP-AL) vencer a disputa pela presidência da Câmara, Bolsonaro deve recriar os ministérios do Planejamento, Indústria e Comércio para abrigar indicados do PP, PL, PSD e Republicanos.
Paulo
24/01/2021 - 20h18
É Capetão, o Centrão vai testá-lo até a medula, e acabará por ganhar sua alma, como último recurso pra evitar defenestrá-lo…E você aceitará sem garantias…
Jacob Binsztok
24/01/2021 - 20h08
O centrão seguramente pretende os ministérios da Educação e o da Saúde.Minas e Energia será mais complicado,embora o bloco tenha quadros pata tocar essa empreitada.