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Brasil pode produzir plataformas que vão gerar emprego na Ásia

Por Sindipetro Com qualidade reconhecida mundialmente, entregas dentro do prazo e, o mais importante, a capacidade de geração interna de empregos em um período de pandemia, a indústria naval brasileira teria plenas condições de produzir as unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência (FPSO – sigla em inglês de Floating, Production, Storage and Offloading). A […]

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Por Sindipetro

Com qualidade reconhecida mundialmente, entregas dentro do prazo e, o mais importante, a capacidade de geração interna de empregos em um período de pandemia, a indústria naval brasileira teria plenas condições de produzir as unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência (FPSO – sigla em inglês de Floating, Production, Storage and Offloading).

A construção de novas FPSOs que a Petrobrás destinará aos campos de Búzios, na Bacia de Santos, devem gerar oito mil empregos diretos e 80 mil indiretos. Em Singapura.

Em nota, o Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) aponta que em todas as contratações da Indústria Naval brasileira, tanto para a Petrobrás quanto para empresas de navegação do país e do exterior, a qualidade dos produtos deste foi reconhecida fazendo do país uma referência mundial sem contestações.

Ao contrário de obras recebidas do Exterior, tanto destinadas à Petrobrás quanto a outras Empresas, que apresentaram problemas técnicos.

Como o caso recente do primeiro grande navio para transporte de minério recebido da China pela Vale que apresentou problemas estruturais no primeiro carregamento.

Em relação à Petrobras, plataformas, construídas na China tiveram que ficar ancoradas na Baía de Guanabara por longos períodos para reparos e complementações por empresas brasileiras.

A indústria nacional também tem como característica a entrega de estaleiros brasileiros dentro do prazo contratado ou antes do período estipulado. Os casos de atrasos foram decorrentes de modificações nos projetos por parte da própria Petrobrás.

Alterações que não costuma ser aceitas pelos estaleiros estrangeiros durante a execução das obras e que ainda apresentaram atrasos consideráveis nas entregas à Petrobras de várias unidades encomendadas em países asiáticos.

De acordo com o sindicato, o preço precisa levar em conta alguns aspectos. Nenhuma indústria brasileira consegue ser competitiva com os preços praticados na China, e isso ocorre por diversos fatores, entre os quais, a participação de governos asiáticos em favor de suas empresas nas concorrências internacionais, que inclui a oferta de subsídios, o regime de trabalho nesses países, a carga de impostos diretos e indiretos, entre outros.

Além disso, aponta o Sinaval, uma demanda perene contribuiria para a redução progressiva dos custos brasileiros, já que a indústria naval brasileira teve seu progresso interrompido após 2014, após 15 anos de crescimento.

“Assim, é necessário que seja levado em conta que a decisão tomada pelas duas últimas administrações da Petrobrás, de adquirir suas plataformas em estaleiros asiáticos, não considera a importância de que uma demanda constante certamente terá reflexos benéficos nos custos dos estaleiros e, em consequência, nos preços finais de contratação. A decisão de contratação de plataformas na China pelo menor preço ofertado é, portanto, injusta e prejudica não só os estaleiros brasileiros quanto às indústrias de peças nacionais”, ressalta a nota.

Outro aspecto fundamental é a geração de empregos. Com a decisão da Petrobrás, a virtual paralisação dos estaleiros agravou a situação brasileira em relação aos postos de trabalho perdidos: são 70 mil apenas nos estaleiros e cerca de 300 mil nas indústrias que compõem toda a cadeia produtiva.

“Enquanto isso, instalações dos estaleiros, muitas delas equiparadas às melhores do mundo, estão ociosas, correndo-se o risco de ver perdidos os bilhões de reais investidos”, aponta o sindicato.

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