Por Revolução Industrial Brasileira
O Brasil perdeu 36,6 mil fábricas entre 2015 e 2020, de acordo com levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Apenas em 2020, foram 5,5 mil unidades produtivas que fecharam as portas no país. Espalhados ao longo destes cinco anos, os fechamentos resultam numa média de 17 fábricas fechadas por dia neste país.
Ao longo dos últimos cinco anos, o PIB brasileiro estagnou-se após uma recessão tremenda. Coincidência?
A desindustrialização acelerada dos últimos cinco anos é tanto causa como efeito da estagnação, numa retroalimentação sinistra que vem sacrificando a sociedade.
Se há algum ponto positivo nisso tudo, é que a sociedade brasileira parece finalmente ter despertado para a gravidade do problema. Com a emblemática saída da montadora Ford, o debate veio à tona com toda força.
A ponto de o presidente do IPEA, Carlos Doellinger, ter assumido publicamente a posição neoliberal, que em geral os neoliberais não assumem.
Disse com todas as letras que o Brasil não deve perseguir o objetivo de ter uma indústria forte, e que deve se especializar em atividades primárias.
Finalmente, os setores industriais reagiram! Depois de décadas assistindo calados o seu próprio fim, os industriais remanescentes resolveram agir.
A Revolução Industrial Brasileira já começou a cobrir este novo momento, para o qual continua contribuindo com informações e estímulo ao debate.
A chamada “Coalizão Indústria” reagiu ao presidente do IPEA com uma dura nota em que o acusa de estar a serviço de um pensamento neocolonialista.
Confira a análise do editor do RBI, Fausto Oliveira.
NeoTupi
23/01/2021 - 12h17
Próxima a fechar será a fábrica de pneus da Pirelli em Feira de Santana. Abastecia a Ford e exportava para os EUA. A Ford fechou na Bahia e a Pirelli inaugurou fábrica no México para exportar aos EUA. E é só a primeira com Bozo tirando imposto de importação sobre pneus de caminhões tentando evitar greve de caminhoneiros. Mais pneus virão da China.