Por Gabriel Barbosa
Desde o começo da pandemia, o antibolsonarismo tem sido pautado com frequência na sociedade. Após as cenas do colapso em Manaus nesta quinta, 14, esse movimento deve ganhar cada vez mais espaço no debate político.
De fato, não existe outra maneira eficaz de combater o caos instalado propositalmente por Jair Bolsonaro e seus generais que ocupam o núcleo do governo.
Nem no período sombrio da Ditadura Militar (1964-1985), as Forças Armadas tiveram um papel centralizador de desmoralização como estão tendo em apenas 24 meses de Governo Bolsonaro. É certo que vai ser necessário uns 30 anos para recuperar novamente a credibilidade e a confiança do povo brasileiro.
Até o último balanço do consórcio de imprensa, cerca de 209.296 brasileiros perderam suas vidas na luta contra o coronavírus.
Mais cedo ou mais tarde, Bolsonaro e seu ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, devem pagar essa conta no Tribunal de Haia e/ou Nuremberg, ambos sabem que esse dia chegará.
Mas para que isso aconteça, é necessário que a sociedade se articule em torno dessa nova força motriz e antagonica ao genocídio e a falência do Brasil em todos os sentidos.
O 1° passo é continuar pressionando o Congresso Nacional para que faça seu papel constitucional perante os crimes de lesa humanidade cometidos pelo presidente da República.
O 2° passo que deve ser dado o quanto antes é a mobilização nas ruas, logicamente que obedecendo as medidas contra a pandemia como o uso de máscara e álcool gel.
A ocupação da sociedade nos espaços públicos é a mensagem mais direta de insatisfação com um governo altamente corrupto, ineficiente e genocida.
É fato que Bolsonaro tem a seu dispor o tal ‘Centrão’, mas asseguro que essa base é altamente gelatinosa e frágil a pressão popular, os impeachments de Collor (1992) e Dilma (2016) estão aí para nos servir como exemplo e refúgio.
É a ‘lei’ da sobrevivência política dos parlamentares dessa ala fisiológica do Parlamento, quanto maior for a pressão exercida sobre eles, maior o derretimento da popularidade do governo e consequentemente, um desembarque em massa dos cargos que ocupam. Sem cargos, sem apoio!
Os fatores de desestabilização desse governo já estão dados e parafraseando o professor e pesquisador, Wilson Gomes, não há mais retorno, o desprezo e o ódio por Bolsonaro e o ‘bolsonarismo’ se solidificaram.