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Bolsonaro é acusado mundialmente de sabotar medidas contra a Covid-19

Nesta quarta-feira, 12, a Human Right Watch divulgou um relatório mundial que acusa o presidente Jair Bolsonaro de sabotar as medidas de enfrentamento contra a Covid-19 no Brasil e liderou políticas contra a garantia dos direitos humanos. No documento, a entidade ressalta que o Supremo Tribunal Federal (STF), a imprensa e o Congresso Nacional foram […]

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Nesta quarta-feira, 12, a Human Right Watch divulgou um relatório mundial que acusa o presidente Jair Bolsonaro de sabotar as medidas de enfrentamento contra a Covid-19 no Brasil e liderou políticas contra a garantia dos direitos humanos.

No documento, a entidade ressalta que o Supremo Tribunal Federal (STF), a imprensa e o Congresso Nacional foram os responsáveis pela contenção de danos causadas por Bolsonaro durante a pandemia.

Leia o texto na íntegra!

Brasil: as instituições confrontam Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro tentou sabotar medidas contra a disseminação da Covid-19 no Brasil e impulsionou políticas que comprometem os direitos humanos, disse a Human Rights Watch em seu Relatório Mundial 2021, publicado hoje. O Supremo Tribunal Federal (STF) e outras instituições democráticas foram forçadas a intervir para proteger esses direitos com frequência. 

O governo Bolsonaro promoveu políticas que contrariam os direitos das mulheres e os direitos das pessoas com deficiência, atacou a mídia independente e organizações da sociedade civil, e enfraqueceu os mecanismos de fiscalização da legislação ambiental, na prática dando carta branca às redes criminosas envolvidas no desmatamento ilegal na Amazônia e que ameaçam e atacam os defensores da floresta. 

“O presidente Bolsonaro expôs a vida e a saúde dos brasileiros a grandes riscos ao tentar sabotar medidas de proteção contra a propagação da Covid-19”, disse Anna Livia Arida, diretora adjunta da Human Rights Watch no Brasil. “O Supremo Tribunal Federal e outras instituições se empenharam para proteger os brasileiros e para barrar muitas, embora não todas, as políticas anti-direitos de Bolsonaro. Essas instituições precisam permanecer vigilantes”. 

Na 31ª edição do Relatório Mundial 2021, de 761 páginas (na versão em inglês), a Human Rights Watch analisa a situação dos direitos humanos em mais de 100 países. Em seu capítulo introdutório, o diretor executivo, Kenneth Roth, argumenta que a nova administração dos Estados Unidos deveria incorporar o respeito aos direitos humanos em sua política interna e externa, de forma a aumentar as chances desse compromisso ser mantido em futuras administrações dos EUA que possam estar menos empenhadas na defesa dos direitos humanos. Roth enfatiza que, embora o governo de Trump tenha praticamente abandonado a proteção dos direitos humanos, outros governos se mobilizaram para defendê-los. O governo de Biden deveria apoiar, e não suplantar, esse novo esforço coletivo. 

O presidente Bolsonaro minimizou a gravidade da Covid-19, que ele chamou de “uma gripezinha” e disseminou informações equivocadas. 

Instituições democráticas impediram algumas de suas políticas mais prejudiciais e intervieram para proteger os brasileiros e as brasileiras. 

O STF decidiu contra as tentativas do governo Bolsonaro de retirar dos estados a competência de restringir a circulação de pessoas para conter a propagação da Covid-19; de, na prática, suspender a lei de acesso à informação; e de deixar de publicar dados completos sobre a Covid-19. 

O Congresso aprovou um projeto de lei obrigando o governo a fornecer cuidados de saúde emergenciais para os povos indígenas, e o STF ordenou que o governo Bolsonaro elaborasse um plano para combater a disseminação da Covid-19 para povos indígenas. 

O governo Bolsonaro não tratou da superlotação nas prisões, mas o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que regulamenta o funcionamento do sistema judiciário, recomendou a juízes que reduzissem prisões provisórias durante a pandemia e considerassem a saída antecipada de alguns detentos. Até 16 de setembro, juízes tinham determinado a transferência de quase 53.700 pessoas para prisão domiciliar em resposta à Covid-19, de acordo com dados oficiais. Além disso, o STF suspendeu o veto presidencial a artigo de uma lei aprovada pelo Congresso exigindo o uso de máscaras em unidades prisionais. 

O presidente Bolsonaro não tem enfrentado a violência policial, tendo, por vezes, até mesmo a encorajado. No Rio de Janeiro – o estado com o maior número de mortes por policiais –, o STF suspendeu a maioria das operações em comunidades de baixa renda durante a pandemia, o que levou a uma queda de 70 por cento nas mortes em decorrência de intervenções policiais entre junho e setembro, em comparação com o mesmo período em 2019. As mortes por policiais subiram novamente em outubro, aparentemente depois que a polícia aumentou o número de operações, e caíram em novembro. 

A imprensa brasileira também desempenhou um papel importante ao continuar proporcionando um espaço para o debate público e fiscalizando os poderes do Estado, apesar da estigmatização, críticas e ameaças de ação judicial contra comunicadores por parte da administração Bolsonaro. 

No entanto, as instituições democráticas não conseguiram barrar as políticas e a retórica do presidente Bolsonaro contra a proteção do meio ambiente, as quais contribuíram para a destruição de cerca de 11.000 quilômetros quadrados de floresta amazônica entre agosto de 2019 e julho de 2020 – a maior taxa em 12 anos. O número de focos de incêndio na Amazônia aumentou 16 por cento em 2020. A fumaça resulta em níveis prejudiciais de poluição do ar, que causam danos à saúde de milhões de moradores. 

As queimadas na Amazônia são causadas intencionalmente com o objetivo de suprimir a vegetação, em grande parte de forma ilegal. “As políticas do presidente Bolsonaro têm sido um desastre para a floresta amazônica e para as pessoas que a defendem”, disse Anna Livia. “Ele culpa indígenas, organizações não governamentais e moradores pela destruição ambiental, em vez de agir contra as redes criminosas que impulsionam a ilegalidade na Amazônia.” 

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Comentários

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Francisco

14/01/2021 - 11h48

E pensar que foi eleito pela omissão dos cegos à Tragédia Anunciada, que sonhando com o “PT NUNCA MAIS”, não apoiaram Haddad, é de entortar prego com chave de fenda e fixar parafuso com martelo.

Elegeram a Tragédia anunciada e o PT permanece vivo, firme e forte, ‘assombrando’ em relação a 2022.

dcruz

13/01/2021 - 20h03

O terrível disso tudo é que a massa bovídea como todo rebanho que se preza continua seguindo esse genocida. A questão é que se um desses oligofrênicos não se vacinar pode continuar a ser o foco para um novo ciclo da doença. E a cirandinha diabólica continuará indefinidamente, só porque o bozo e seus asseclas acham que a vacina chinesa é coisa de comunista. Coitados de nós.

Thiago

13/01/2021 - 14h18

A EFICÁCIA DA VACINA CHINESA

Prezados Amigos

Veja no telejornal da CNN uma explicação sobre a eficácia da vacina chinesa
A explicação começa a cerca de um minuto depois do início desse vídeo com Henry Bugalho

OBS: Se deixarem eu serei o primeiro a tomar esta vacina

https://youtu.be/3SZLWsK4w5s

    EdsonLuiz.

    13/01/2021 - 17h43

    Oi, Thiago,

    Também Vou tomar a vacina. Vou ver a explicação que você indicou. Das informações que eu tive dessa vacina, a proteção à infecção é aceitável, porém muito baixa, 50%. Acontece que em 100%, ou seja, na totalidade, essa vacina evita o desenvolvimento de casos graves. Isso alivia a pressão sobre os hospitais e os extenuados trabalhadores da saúde, além de retirar o risco dos trabalhadores que, por premência material, não conseguem evitar a exposição ao vírus.

    APROVEITO AQUI PARA CHAMAR ATENÇÃO PARA O CASO DOS TRABALHADORES AMBULANTES.

    Os trabalhadores ambulantes são, exceto os trabalhadores na área de saúde, dos trabalhadores mais expostos ao Covid-19. Esses trabalhadores não podem evitar a exposição devido à natureza de seu trabalho, que implica em tomar condições lotadas e passarem todo o dia -às vezes toda a noite – caitituando suas quinquilharias. Expostos e defendendo seu trabalho muitas vezes a cuspe, tornan-se alvos e vetores da pandemia. Alguma pesquisa e modelo matemático vai mostrar facilmente a importância de vendedores ambulantes serem tratados com a maior prioridade nas estratégias de vacinação; só que, invisíveis socialmente, não serão enxergados em nenhum modelo. Apelo a quem puder, por menor que seja o seu contato, chamar a atenção para o caso da prioridade destes trabalhadores quanto à vacina.

    Paulo

    13/01/2021 - 17h45

    Ok, Thiago! Agora, que esses quebradinhos acima de 50% são instigantes, ah, são sim! Palpite: essa vacina tem menos de 50% de eficácia e admitir isso traria um desprestígio enorme para o Governo de Dória, que apostou tudo nela. Fora os prejuízos, esforços em vão e a falta de transparência. Parece até o Governo federal…


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