Por Gabriel Barbosa
O acordo recente da bancada do PT no Senado em torno da candidatura do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para a presidência do Senado mostra que o fator ideológico não foi, nem de longe, decisivo.
De perfil moderado, Pacheco é considerado o fiel da balança para o futuro político de Davi Alcolumbre (DEM-AP) que patrocina a candidatura do parlamentar mineiro.
Se tiver êxito nessa empreitada e fizer o sucessor, Alcolumbre deve sair do comando da Casa com a possibilidade de assumir um ministério no governo Bolsonaro.
Com esse fator em jogo, Alcolumbre aproveitou o ambiente menos hostil que o Senado oferece e ampliou o diálogo de Pacheco com a oposição.
Além do PT com seis senadores, o demista também pode ganhar apoio das bancadas do PDT, PSB e Rede que juntos somam seis congressistas.
Pontos como a defesa da democracia, independência do Senado e pautas relacionadas a demandas populares são os alicerces do acordo.
Tudo isso em nome da tal ‘contenção de danos’ que em se tratando do desastroso governo Bolsonaro, toda pequena conquista pode ser considerada gigante.