Por Gabriel Barbosa
O acordo recente da bancada do PT no Senado em torno da candidatura do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para a presidência do Senado mostra que o fator ideológico não foi, nem de longe, decisivo.
De perfil moderado, Pacheco é considerado o fiel da balança para o futuro político de Davi Alcolumbre (DEM-AP) que patrocina a candidatura do parlamentar mineiro.
Se tiver êxito nessa empreitada e fizer o sucessor, Alcolumbre deve sair do comando da Casa com a possibilidade de assumir um ministério no governo Bolsonaro.
Com esse fator em jogo, Alcolumbre aproveitou o ambiente menos hostil que o Senado oferece e ampliou o diálogo de Pacheco com a oposição.
Além do PT com seis senadores, o demista também pode ganhar apoio das bancadas do PDT, PSB e Rede que juntos somam seis congressistas.
Pontos como a defesa da democracia, independência do Senado e pautas relacionadas a demandas populares são os alicerces do acordo.
Tudo isso em nome da tal ‘contenção de danos’ que em se tratando do desastroso governo Bolsonaro, toda pequena conquista pode ser considerada gigante.
Paulo
13/01/2021 - 18h58
Contenção de danos? Aham, sei!
EdsonLuiz.
13/01/2021 - 17h07
É desesperador, mesmo para almas serenas, quando serpentes vorazes, víboras malditas, encontram naqueles que deveriam ser os arautos da defesa das liberdades e da luta contra a tirania e o arbítrio bons auxiliares em sua tarefa de arquitetura de ninhos para chocarem seus ovos.
A maldição venenosa está tão escancarada neste momento no Brasil que muito se espera de jornalistas e jornais sérios um imenso cuidado para informar os fatos. Atenção especial exige o combate ao diversionismo, habilidade inigualável que essas cobras têm, sua tão grande vírtù. Importante também, talvez ainda mais importante, alertar fragmentos políticos com veleidades de seriedade da gravidade do atual momento. Todas as forças políticas devem ter total liberdade de expressarem sua visão de mundo e de apresentarem à sociedade as propostas que defendem, mas devem ficar sempre sob escrutínio dessa sociedade, e a imprensa e os jornalistas cumprem papel crucial nesse escrutínio. Equívocos ou conveniências neste momento podem resultar em grande deterioração do quadro político institucional.
Quem neste momento no Brasil está fingindo que não entendeu a gravidade dos tempos que vivemos?
Vejo nesta matéria a notícia de que o conluio bolsonarista pode contar com os préstimos do PDT, PSB e Rede. Se não for um erro de apuração isso é gravíssimo.
Na foto que ilustra a matéria aparece a senadora Elisiane Gama, sem que na matéria nada a ela é referido. Aparecer na foto sugere equivocadamente que ela estaria relacionada ao conluio. O partido Cidadania, da senadora Elisiane, imediatamente após o lançamento da candidatura opositora ao conluio afirmou apoio à candidata Simone Tebet.
Quanto ao partido Rede, tudo indica que não se acumpliciará ao bolsonarismo.
Eu penso que cabe uma correção ao equívoco.