Apesar dos diversos acenos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) às forças policiais e militares, o general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo, não vê risco de golpe em 2022.
“São profissionais, não dão suporte a aventureiros”, afirmou. Porém, Santos Cruz alerta sobre as milícias digitais e discursos de ódio, e defende punição para evitar casos como a invasão ao Capitólio, nos Estados Unidos.
“Você tem que fazer um trabalho preventivo. O fanatismo é irracional. Para previnir, para que isso não aconteça, a Justiça tem que atuar sempre. Discurso de ódio, fake news, assassinato de reputações e instiruições. Polícia Federal, Forças Armadas e Abin têm que ser valorizadas, não podem ser colocada sob suspeita”, disse na Folha.
Além disso, o militar classificou as falas de Bolsonaro como “irresponsáveis”.
Santos Cruz defendeu a existência de um comprovante de papel após a votação na urna eletrônica para acabar com as narrativas que colocam em dúvida o sistema eleitoral brasileiro.
“Você acaba com o discurso dos demagogos que ficam falando em fraude sem ter prova alguma”, disse.
“O presidente tem que atuar dentro da lei para criar o voto impresso, e não ficar com ideia subliminar para fazer bagunça”, completou.