Por Gabriel Barbosa
É óbvio, até mesmo para os mais incautos, que o Brasil não está quebrado como quis dizer o presidente Jair Bolsonaro.
Sim, a situação é muito delicada, mas o estado brasileiro é uma “instituição” permanente e que felizmente têm diversas saídas. Uma delas é a revogação do teto de gastos que subtrai metade de tudo que é arrecadado no Brasil.
Essa é a maior distorção que impede o investimento público em diversas áreas. Lembrando que austeridade fiscal é uma atitude responsável, pois garante a liquidez e o poder de investimento no país.
Porém, a Emenda 95 distorce essa lógica quando reserva metade do orçamento para o pagamento de juros e rolagem da dívida pública, constrangendo o investimento em áreas essenciais como Saúde, Educação e Infraestrutura.
Com o rombo nas contas do país liderado pelo governo Bolsonaro, está previsto para 2021 um déficit recorde de R$ 812,2 bilhões (11,3% do PIB) para todo o setor público. É daí, por exemplo, que o governo tentará negociar com o Congresso Nacional as “reformas” tributária e administrativa a lá Paulo Guedes.
E como o próprio Secretário da Fazenda, Waldery Rodrigues, assumiu recentemente, os possíveis ganhos serão aplicados no saco sem fundo da dívida. “A sucessão de déficits primários, no entanto, vai continuar”, disse na Câmara.
Na prática, o que Bolsonaro pretende manter e aprofundar é o arrocho fiscal e por isso, usa o velho argumento de que o “país está quebrado”. Além de chefiar um governo desastroso, Bolsonaro lidera o desmonte iminente do Brasil e o cenário que ele vai deixar para o próximo presidente será de terra arrasada.