A segunda gestão de Bruno Covas (PSDB) na Prefeitura de São Paulo vai ter como presidente da Câmara Municipal o vereador Milton Leite (DEM) que foi eleito com 49 votos dos vereadores.
Na disputa que aconteceu nos bastidores, o parlamentar do DEM fechou acordo com a bancada do PT que cedeu oito votos em troca de cargo na Mesa Diretora. Sendo assim, Juliana Cardoso (PT) foi eleita primeira secretária da Câmara Municipal.
Mais velho da Casa, o vereador eleito com votação recorde pelo PT, Eduardo Suplicy, votou no candidato do DEM por orientação do partido.
Enquanto os petistas fechavam acordo com Leite, o PSOL decidiu lançar candidatura própria com a vereadora Erika Hilton, primeira trans eleita na capital paulista. A decisão dos psolistas causou racha na bancada de esquerda que é composta por 14 dos 55 vereadores da Casa.
Líder do partido na Câmara, a vereadora Luana Alves foi ao plenário e não poupou as palavras para criticar o PT e afirmou que o PSOL “não se vende por cargos”.
A crítica da parlamentar psolista foi vista por alguns parlamentares do PT como benéfica a bancada da direita que conquistou mais uma vaga na Mesa Diretora com o vereador Fernando Holiday (Patriota).
Além disso, os petistas também afirmam que o partido vai continuar sendo oposição a Covas, mas que não vai marcar posição só por marcar.