Durante a última quarta-feira, 30, o Comando da Aeronáutica assinou um contrato sigiloso de US$ 33,8 milhões (cerca de R$ 175 milhões) com uma empresa finlandesa para adquirir um satélite sem licitação, o qual especialistas questionam a necessidade e eficácia.
O contrato foi assinado após a dispensa do processo de licitação ser aprovada por Carlos Moretti Bermudez, comandante da Aeronáutica. O órgão não se manifestou sobre o assunto até o momento.
De acordo com a Lei de Acesso à Informação, documetos reservados possuem prazo de 5 anos de sigilo, ou seja, a compra milionária feita pelo governo de Jair Bolsonaro (sem partido) só seria conhecida em 2025.
A contratada pela Aeronáutica foi a Iceye, empresa da Finlândia fundada em 2014 que trabalha com satélites do tipo SAR (que em português significa Radar de Abertura Sinética)., que serve para observação da Terra. Ele emite pulsos que, em tese, conseguem captar imagens até mesmo em dias nublados.