Por Gabriel Barbosa
Nessas últimas horas de 2020, atípico e triste em todos os aspectos, muitos brasileiros estão se preparando para celebrar minimamente a chegada do ano vindouro.
Apesar disso, o número de mortos pela Covid-19 continuará subindo durante a virada do ano. O último balanço do consórcio de imprensa mostra que 193.875 brasileiros perderam suas vidas para o novo coronavírus.
Logicamente, essa realidade macabra se deve ao fracasso intencional do presidente Jair Bolsonaro e dos seus satélites no enfrentamento da maior crise sanitária, social e econômica da nossa história.
A inquietude de Bolsonaro nos últimos dias demonstra seu desespero com problemas não relacionados ao país, mas particulares. O jogo é o mesmo, distrair a opinião pública com falas e atitudes que pautam o debate político.
Enquanto isso, a partir de janeiro, milhões de brasileiros devem ficar sem o auxílio emergencial que graças a pressão popular e ao esforço do Congresso Nacional, foi aprovado e garantiu o mínimo de renda para famílias que já viviam, antes da pandemia, no limite da miséria.
Além do caos social e econômico que nos aguarda para 2021, Bolsonaro promove uma campanha contra a vacina através do seu negacionismo corriqueiro e criminoso.
Sem dúvidas que no ano que vem, o chefe da quadrilha e seus comparsas que tomaram o Planalto vão fazer de tudo para sabotar a imunização da sociedade brasileira.
Com isso, a responsabilidade vai ser jogada no colo dos governadores que praticamente vão contrabandear as doses para seus respectivos estados.
Mais uma vez, o Congresso Nacional deve tomar o protagonismo e promover uma espécie de gambiarra para que os estados e municípios possam garantir a vacina sem o intermédio do Ministério da Saúde que sob o comando de Eduardo Pazuello, subalterno de Bolsonaro, caminha a passos de tartaruga.
Outro exemplo de inoperância retumbante e proposital é do ministro da Economia, Paulo Guedes. Típico dos neoliberais, o ‘Posto Ipiranga’ não consegue defender suas ideias sem os delírios habituais que contestam sua falta de conhecimento sobre o Brasil real.
O ‘parlamentarismo branco’ liderado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi quem tomou as rédeas e aprovou medidas minimamente coerentes com a atual situação do país, exemplo disso foi a PEC do “orçamento de Guerra”.
Na prática, convenhamos, a medida foi um puxadinho para garantir recursos no enfrentamento a pandemia sem mexer no teto de gastos, algo que precisa ser discutido e revogado, pois do jeito que está sendo operado, o Brasil poderá entrar em colapso.
O fato é que o Brasil não têm governo e a omissão de alguns líderes nacionais, com o poder nas mãos, poderá custar caro ao país.
Na mesa do presidente, só há espaço para guerra híbrida, tentativas de golpe e planos para livrar seus filhos da cadeia. Fora isso, só temos a certeza que Bolsonaro deve marchar o país rumo ao abismo.