Após ter apoiado publicamente a candidatura de Sarto Nogueira (PDT) no 2° turno contra Capitão Wagner (PROS), postulante do presidente Jair Bolsonaro, o núcleo do partido em Fortaleza agora defende que a legenda seja de oposição a gestão do pedetista a partir de 1° janeiro de 2021.
Na capital cearense, a cúpula é formada por três vereadores eleitos – Larissa Gaspar, Ronivaldo Maia e Guilherme Sampaio (presidente municipal do PT) – e ligados a deputada federal Luizianne Lins (PT), que disputou a Prefeitura de Fortaleza e foi derrotada em 1° turno.
“Por que vamos emprestar nossa presença? Eu acho que o PT tem que ficar na oposição porque há uma rejeição. O governo é Sarto, mas quem é Sarto?”, questionou Ronivaldo ao Jornal O Povo.
“Na prática, como por trás do Sarto estão os Ferreira Gomes, é por isso que o PT pensa duas vezes em colocar seu patrimônio para defender um projeto político deles”, reforçou.
A postura do núcleo municipal é contrária a de outros líderes do partido como os deputados federais José Guimarães, José Airton e do deputado estadual Acrísio Sena.
“Zé Airton não foi candidato nem Acrísio. Sarto foi o mal menor e não fez nenhum gesto que merecesse nem o apoio no segundo turno. O Sarto não tem o apoio do PT”, criticou Ronivaldo.
O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), também defende que os petistas façam adesão a gestão de Sarto. O diretório municipal da legenda deve se reunir nesta terça-feira, 29, para bater o martelo sobre o assunto.
Se a tese de oposição for vencida, o PT deve se somar ao bloco oposicionista formado pelo PROS, Podemos e Republicanos, legendas aliadas de Capitão Wagner. Já Camilo, vai articular sua ida para o PSB.