Por Gabriel Barbosa
Após os holofotes terem se voltado para o lançamento da candidatura do deputado federal, Baleia Rossi (MDB-SP), pelo bloco de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na Câmara, de agora em diante, as atenções devem ser reservadas para a disputa pela presidência do Senado.
Até o momento, o nome do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) têm sido patrocinado nos bastidores pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Porém, nos últimos dias, as articulações em torno do congressista mineiro enfraqueceram e sua candidatura tornou-se uma incógnita.
Governista de primeira hora, o presidente do Congresso tenta emplacar um sucessor com as bençãos do presidente Jair Bolsonaro, mas o próprio chefe do executivo comunicou no almoço que teve na semana passada, com Alcolumbre e Pacheco, de que não deve interferir ou fechar compromisso na eleição do Senado.
No entanto e para além de Alcolumbre, existe um grupo de senadores que já atua para emplacar uma candidatura alternativa que garanta o equilíbrio e a independência do Senado. Em outras palavras, um senador ou senadora que tenha pulso firme para proteger a Casa das investidas de Bolsonaro contra a institucionalidade.
Com isso, o nome do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) é um dos cotados para ser o postulante dessas bandeiras. Governador do Ceará por três vezes, o tucano é conhecido por manter uma postura equilibrada, mas não titubeia um confronto quando necessário.
Além disso, Tasso têm a unanimidade da bancada tucana, com sete senadores, e mantém uma boa relação com os colegas do PT e PDT. Dois congressistas do PSL também estão interessados na possível candidatura do tucano cearense e outros 18 senadores da bancada “independente” podem aderir ao bloco.
Discreto mas influente, Jereissati ainda mantém a articulação em torno de seu nome distante do holofote de outras pré-candidaturas. Porém, o seu desejo de ocupar a cadeira da presidência do Senado é evidente e natural, pois o lugar na linha de sucessão é cobiçado pelos 81 senadores.