Nesta segunda-feira, 21, o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) defendeu publicamente que o PSOL entre no blocão liderado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para barrar a possibilidade de vitória do líder do Centrão, Arthur Lira (PP-AL), na disputa pela presidência da Câmara.
“Por isso é muito importante que o PSOL, um partido fundamental na defesa da democracia dentro e fora do Parlamento, demonstre maturidade e fortaleça o bloco democrático que está sendo construído para enfrentar e vencer Bolsonaro”, disse no Twitter.
Além disso, Freixo também disse que respeita o debate interno do partido sobre lançar candidatura própria, mas que discorda da ideia.
Além de DEM, MDB, PSL, PSDB, Cidadania e PV, o blocão de Maia também recebeu apoio de PT, PSB, PDT, PCdoB e Rede.
Netho
23/12/2020 - 00h19
A candidatura que Freixo haveria de defender não poderia ser outra senão a formada por um Bloco de Esquerda. Aliás, o Bloco de Esquerda é a única situação possível para os partidos de oposição que se dizem, supostamente, como sendo de esquerda e centro esquerda. O Bloco de Esquerda deve lançar candidatura própria e programática, inclusive pautando o impeachment presidencial e o imposto sobre grandes fortunas, além de fechar questão contra as reformas administrativas e privatizações das estatais. Há total condição de provocar um segundo-turno onde, aí sim, uma chapa majoritária resultaria configurada, porém claramente balizada por um programa mínimo onde as oposições que se dizem de esquerda e centro esquerda fizessem valer pontos fundamentais para a economia, a tributação e a administração pública.