Nesta segunda-feira, 30, o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) concedeu entrevista ao UOL e afirmou que o crescimento do PSOL não pode se atrelar a tese de que a sua legenda vai substituir o PT.
“O PSOL não pode entender que cresce para substituir o PT, são papéis distintos. Cabe ao PSOL um olhar de generosidade diante da esquerda. Porque, para derrotar o bolsonarismo em 2022, vamos precisar mais do que a reafirmação de cada projeto partidário para que a gente possa formar um programa repensando os protagonismos, repensando os hegemonismos, repensando o papel de cada um”
Freixo também destacou a vitória de Edmilson Rodrigues (PSOL) em Belém e Sarto Nogueira (PDT) em Fortaleza.
“A campanha do Edmilson Rodrigues ter sido vitoriosa é, sem dúvida alguma, o ponto alto. Um lugar onde o PSOL conseguiu organizar todo um campo progressista em torno dele, uma vitória de uma possibilidade de aliança”, disse o parlamentar.
“Apoiei o José Sarto, que venceu pelo PDT, em Fortaleza, o Ciro apoiou o Boulos, nós apoiamos a Manuela (PC do B). Houve, de alguma maneira no segundo turno, um movimento de aproximação desse campo progressista. Este movimento tem que ser amadurecido para que possamos chegar em 2022 com a maior possibilidade de uma aliança. Tem muita gente se precipitando e dizendo que os resultados apontam para uma esquerda que estará dividida em 2022. Não sei qual é a leitura que o PT fará disso”, complementou.