O jornalista João Paulo Cuenca poderá ter o seu perfil no Twitter removido após a Justiça do Rio de Janeiro acatar um pedido da Igreja Universal por uma publicação de Cuenca onde afirmava que “brasileiro só será livre quando o último Bolsonaro for enforcado nas tripas do último pastor da Igreja Universal”.
A declaração do escritor foi inspirada na obra de Jean Meslier, do século XVIII, onde se lê: “o homem só será livre quando o último rei for enforcado nas tripas do último padre”.
Além da remoção do perfil, Cuenca também poderá pagar uma indenização de R$10 mil no processo movido pelo pastor Nailton Luiz dos Santos, da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).
De acordo com o juiz da comarca de Campos dos Goytacazes (RJ), Ralph Machado Manhães Junior, o jornalista ultrapassou o limite da liberdade de expressão.
“Não obstante ser reconhecido o direito constitucional da liberdade de expressão, no caso em tela, há a extrapolação do referido direito, pois, a postagem do réu é ofensiva e incitatória à prática de violência”