O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) recebeu um comunicado por escrito do ex-assessor Fabrício Queiroz afirmando que participou do esquema de peculato na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro.
De acordo com a CNN Brasil, a declaração de Queiroz foi anexada ao processo que tramita no Órgão Especial do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio).
No documento, Queiroz é acusado de operar o esquema criminoso liderado por Flávio. “Admitiu que havia um acordo pelo qual os assessores por ele indicados para ocupar cargos no Gabinete haveriam de lhe entregar parte de seus vencimentos”.
Porém, o ex-assessor nega a participação do filho do presidente Jair Bolsonaro. “Tal acordo teria sido realizado sem consulta ou anuência do então Deputado Estadual nem de seu Chefe de Gabinete, valendo-se da confiança e da autonomia que possuía”.
Para os promotores, a declaração de Queiroz é “fantasiosa”, não dialoga com a constatação de evolução patrimonial, nos últimos dez anos, de Flávio e sua esposa, e da quebra de sigilo bancário de Queiroz. No período, o ex-assessor movimentou mais de R$2 milhões, um valor incompatível com sua renda como policial reformado.