Por Gabriel Barbosa
O recado das urnas nas eleições municipais de 2020 foi cristalino: Jair Bolsonaro foi o grande derrotado. No 1° turno, mais de 60% dos candidatos indicados pelo presidente floparam, deixando para o “mito” um rastro de incompetência eleitoral e o sinal vermelho para 2022.
A análise mais fria até aqui é que o eleitor percebeu o descaso versus deboche de Bolsonaro com a pandemia e deu sua resposta na urna, expurgando a maioria esmagadora dos indicados pelo presidente. Com isso, também é correto afirmar que a repulsa aos valores do tal bolsonarismo foi em massa, tirando do cenário todo o candidato que tentou ressuscitar a onda de 2018.
Porém, no lugar do polo de extrema-direita representado por Bolsonaro e de uma fração do lavajatismo, ficou o tal do “centro”, partidos que navegam no mar da conveniência como MDB, PP, PSD e o DEM, como um caso a parte. Aliás, sobre a vitória desses partidos, a pedra já foi cantada aqui em outra análise.
É fato que uma fração considerável desses partidos fazem parte da base do governo Bolsonaro. Porém, a história mostra que nos últimos anos, o apoio dessas legendas foi gelatinosa, vide Collor e Dilma que ficaram a deriva na hora do aperto. Portanto, isso não tira a pecha de derrota do presidente.
Saindo vitoriosos, as legendas de Centro já começam a acenar para quem deseja se apresentar como alternativa em 2022. No momento, o PDT de Ciro Gomes é a bola da vez. Amanhã, poderá ser outro, nada é constante na política. A conferir!