Por Gabriel Barbosa
Neste domingo, 15, o ex-presidente Lula comentou sobre o encontro ocorrido na última terça-feira, 10, entre a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e Jilmar Tatto, candidato a prefeito de São Paulo pelo partido. Os dois conversaram sobre uma possível desistência do petista para apoiar Guilherme Boulos (PSOL).
“Ela (Gleisi Hoffmann) fez o que deveria fazer como presidente do partido e, segundo as informações, disse para o candidato que dependia única e exclusivamente dele. Ninguém poderia dizer o que ele deveria fazer. O candidato disse: eu vou continuar. Acho que foi atitude dele soberana de dizer que não ia retirar a candidatura”, disse a jornalistas em São Bernardo do Campo (SP), onde vota.
Ao rifar o próprio candidato em público, Lula mostra que se apequenou-se. É bom lembrar que foi o próprio mandatário que insistiu na candidatura “puro sangue” do PT em São Paulo e mais 13 capitais, e nos 45 do segundo tempo tira o seu da reta?!
Se Lula percebeu tardiamente que a candidatura de Tatto na capital paulista corre o risco de ter o pior desempenho do partido desde 1985, que assumisse a responsabilidade, seria muito mais grandioso e teria chances de recuperar a imagem já terrivelmente desgastada do partido no seu Estado natal. Assumir erros também faz parte do roteiro de um líder político
Apesar das discordâncias profundas, desejo toda a sorte e solidariedade a Jilmar Tatto.