Em sexto lugar nas pesquisas, o candidato do PT a Prefeitura de São Paulo, Jilmar Tatto, decidiu manter sua candidatura após sofrer pressão interna do próprio partido para apoiar Guilherme Boulos (PSOL).
Na última terça-feira, 10, Tatto se reuniu com a presidente Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o presidente PT em São Paulo, Luiz Marinho, para analisar sua situação na disputa e foi pressionado para que abrisse mão da candidatura para subir no palanque de Boulos. Porém, o candidato rechaçou a ideia e reforçou publicamente seu compromisso com a candidatura.
“Eu estou na rua todos os dias e o perfil do meu eleitor é mais popular, que também é o perfil do Orlando Silva (PCdoB), mas não é o perfil do Boulos, que é mais escolarizado. Essa campanha para Tatto retirar candidatura interessa apenas ao Bruno Covas. Eles querem repetir o (João) Doria (eleito em 2016 no primeiro turno)”
A pressão interna sobre a possível desistência da candidatura de Jilmar Tatto ganhou força após artistas e intelectuais historicamente ligados ao PT publicarem um manifesto pedindo uma suposta união das esquerdas em torno das candidaturas de Boulos em São Paulo e Benedita da Silva (PT) no Rio.
O coordenador de comunicação da campanha de Tatto, deputado estadual José Américo, criticou o manifesto e pediu que o PSOL parasse com a iniciativa.
“Estamos pedindo para o PSOL interceder perante essas pessoas porque esse manifesto não contribui para a boa relação entre os dois partidos. E eles ainda propõem um caminho errado. Deveriam ir atrás do voto de indecisos para a esquerda, seja para o Tatto, seja para o Boulos”
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