Por Gabriel Barbosa
Os arroubos autoritários com doses de delinquência por parte do presidente Jair Bolsonaro, mais uma vez passaram dos limites, nesta terça-feira, 10, quando para agradar sua claque de extremistas, disse que o Brasil precisa deixar de ser um “país de maricas”.
“Tudo agora é pandemia. Lamento os mortos, lamento. Todos nós vamos morrer um dia, aqui todo mundo vai morrer um dia… Não adianta fugir disso, da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas, pô”
Não obstante a infâmia, pois nunca teve compromisso com o decoro da Presidência da República, se dirigiu a imprensa e complementou:
“Olha que prato cheio para a imprensa, prato cheio para a urubuzada que está ali atrás”.
Mais cedo, Bolsonaro comemorou a suspensão de testes da vacina Coronavac por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), chefiada por um almirante.
“Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Doria queria obrigar todos os paulistanos a tomá-la. O presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, disse em resposta a seguidores que lhe questionaram sobre a vacina.
A fatura decorrente do negacionismo de Bolsonaro ao longo da pandemia já está começando a ser cobrada, tanto pelo número alarmante de mortes, quanto pela crise econômica e social que deve se aprofundar no país a partir de Janeiro de 2021.
Não se trata apenas de marcar posição, o futuro do país corre um imenso risco com as patranhas de Bolsonaro que, até o presente momento, vai passando a boiada com o silêncio de nossas elites.
Com urgência, é necessário organizar uma pressão popular e política sobre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para que assuma sua responsabilidade perante o Brasil e claramente, impeça que o inquilino do Planalto declare guerra ao próprio país com seus delírios.