Por Gabriel Barbosa
Faltando apenas 7 dias para o 1° turno das eleições municipais, as pesquisas eleitorais já nos dão uma prévia de como será a reta final da campanha. No caso de Fortaleza, um indicativo claro é que o cenário de polarização está se desenhando em torno das candidaturas de Capitão Wagner (PROS), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro e o ex-juiz Sérgio Moro, e Sarto Nogueira (PDT), nome da situação e apoiado por líderes locais como o prefeito Roberto Cláudio (PDT) e de forma indireta, pelo governador Camilo Santana (PT).
Apesar de ter lançado candidatura própria com Luizianne Lins, a preço de hoje, somente uma reviravolta nos números ou uma surpresa grande levaria o PT ao segundo turno na capital cearense. Mas, na reta final, tudo pode acontecer. Até o momento, o comportamento da candidata petista na disputa é apenas ficar na defensiva contra o arsenal pedetista e do “fogo amigo” de Capitão Wagner, outrora aliado nas eleições de 2012.
Com isso, a disputa vai se afunilando por meio dos números da última pesquisa do Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 5, pelo Jornal O Povo. O levantamento mostra um crescimento de Sarto Nogueira (PDT) em setores do eleitorado como a classe média (acima de 5 salários mínimos) e as mulheres.
Já Capitão Wagner se destaca entre o eleitorado masculino e os eleitores que possuem ensino médio.
Já a pesquisa do Ibope divulgada nesta quarta-feira, 4, também mostra uma disputa acirrada entre Sarto e Wagner, dando às claras de uma polarização que poderá se refletir nas eleições presidenciais de 2022.
Enquanto o candidato bolsonarista se destaca entre o eleitorado evangélico com 37%, o pedetista têm a adesão majoritária dos católicos em Fortaleza com 34% das menções. Já nas faixas de renda, tanto Sarto quanto Wagner se consolidam e disputam apertadamente essa fatia que ganha mais de dois salários mínimos com 33% e 31% das intenções de voto, respectivamente.
Com os números do Datafolha e do Ibope na mesa, pode-se dizer que a estratégia da campanha de Sarto está de fato, funcionando. Na disputa, o candidato pedetista move as peças do xadrez de acordo com o movimento que lhe interessa, seja para atacar ou ser atacado. Nos programas eleitorais, há dias quentes, frios e mornos, o dia para propor, atacar e se defender.
Enquanto isso, a campanha de Wagner pelo PROS tenta realinhar sua narrativa para não perder mais fôlego nos últimos 7 dias da campanha, seja batendo de frente com os Ferreira Gomes ou se ancorando numa possível parceria com o Governo Bolsonaro, caso seja eleito.
Francisco
08/11/2020 - 13h53
Apenas para entender o cenário na cidade das ‘velas do mucuripe’, Sarto para atacar Luizianne sem parar e dizer o que pretende fazer, conta com 4 minutos na propaganda de radio e tv, enquanto Luizianne conta com 1 minuto e 11 segundos, para se defender dizendo o que fez e irá fazer, e Wagner com 1 minuto e meio para manter-se ‘paladino da segurança e da ordem’.
Dando de barato que o autor não tenta dissimular o essencial da pesquisa Datafolha, a intenção global de voto nos candidatos, que mostra, Wagner com 29%, Sarto com 26% e Luizianne com 18%, a 10 dias do primeiro turno da eleição, e que ‘explica’, através de rota de fuga caso o intento do texto não aconteça, que a eleição municipal, salvo cenários amplamente definidos antecipadamente, não o caso de Fortaleza hoje, se definirá na última semana, sabendo-se que normalmente a surpresa vem de quem dizem estar em terceiro lugar.
Portanto é bom, mesmo com rota de fuga garantindo, Gabigol ci..arense colocar as chuteiras de molho.
Miramar
08/11/2020 - 17h36
Isso já aconteceu. Afinal, Sarto começou justamente em terceiro lugar.
E, se quiser ter uma surpresa, olhe os números de rejeição da Lulu, consequência do descalabro que foi sua gestão. Não tem tempo de televisão que de jeito nisso.
Luan
08/11/2020 - 11h38
O proprio risco da esquerda perder uma capital como Fortaleza jà é uma derrota, que ganhe ou menos.
Ventura Efrem
08/11/2020 - 13h30
Que comecem as justificativas!! rs