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Porque não se deve matar o sabiá (análise das eleições americanas)

Direto ao ponto: a vitória de Joe Biden foi muito importante para a oposição brasileira ao governo Bolsonaro. A primeira razão, mais óbvia, é que o presidente Jair Bolsonaro fez uma aposta altíssima na eleição de Trump. E perdeu. Jair Bolsonaro elogiava Trump o tempo inteiro, forçando uma intimidade que, obviamente, nunca teve, até porque […]

38 comentários
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Eleitores da Filadélfia festejando a vitória dos democratas

Direto ao ponto: a vitória de Joe Biden foi muito importante para a oposição brasileira ao governo Bolsonaro.

A primeira razão, mais óbvia, é que o presidente Jair Bolsonaro fez uma aposta altíssima na eleição de Trump. E perdeu.

Jair Bolsonaro elogiava Trump o tempo inteiro, forçando uma intimidade que, obviamente, nunca teve, até porque Bolsonaro nem fala inglês.

Jair tentou emplacar seu próprio filho, Eduardo Bolsonaro, como embaixador nos EUA. Disse que ele tinha fritado hamburgueres nos EUA e falava bem inglês. Descobriu-se que o inglês de Eduardo é risível. Nem português ele sabe falar direito.

Fracassado no intento de virar embaixador, Eduardo Bolsonaro conseguiu se tornar presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, e o resultado foi obviamente o esvaziamento completo desse órgão.

Eduardo Bolsonaro, quando ia aos EUA, posava com bonezinho do Trump.

Num gesto de amor extremo pelos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro deu o nome do estado americano da Georgia à sua filha, nascida há poucos meses. Ele explicou que era uma homenagem a um estado americano conservador e republicano. Pois bem, os eleitores da Giorgia deram vitória ao democrata Joe Biden.

Naturalmente, o partido democrata não é feito de santos, tampouco de revolucionários, e muito menos tem um histórico de grandes feitos em prol da América Latina e do Brasil. Infelizmente, temos visto o contrário.

Esperar coisa boa vinda de Biden é ingenuidade. Julio Cesar foi um grande líder popular para os romanos, mas só para os romanos. Os gauleses tinham outra opinião.

Napoleão foi muito popular entre os camponeses da França, a quem distribuiu terras e emancipou economicamente, mas sua generosidade se restringia aos franceses.

Por outro lado, é bom saber que a vitória de Biden é também uma vitória, em parte ao menos, dos eleitores negros, dos latinos, das mulheres, dessa emergente geração de jovens de esquerda que vem avançando tanto no país (vide a força de Bernie Sanders, que por pouco não foi o escolhido pelo Partido Democrata como candidato a presidente), e, por fim, da maioria absoluta dos eleitores de bom senso, inimigos da mentira e preocupados com o exercício de um debate democrático sério, fundamentado na troca honesta, sincera e respeitosa de ideias.

Neste sentido, a derrota de Trump é uma vitória dos amantes da democracia em todo mundo!

Agora, se o governo Biden será mais do mesmo, se terá atitudes agressivas ou imperialistas com o Brasil, isso apenas a prática irá dizer.

Mas acho que não fará mal arriscarmos termos algumas poucas, modestas e prudentes esperanças. É possível, por exemplo, que os Estados Unidos fiquem mais receptivos a denúncias contra algumas práticas do governo Bolsonaro, em especial na esfera ambiental e dos direitos humanos.

É o momento, portanto, da oposição construir, desde já, articulações inteligentes e assertivas com setores da sociedade americana. É preciso que a esquerda brasileira faça isso antes que nossos liberais o façam.

Não se combate o imperialismo com gritaria, ou teorias de conspiração, e sim com inteligência. Os Estados Unidos são uma sociedade complexa, de múltiplos interesses. Um dos erros políticos mais grosseiros – erro que lideranças astutas de esquerda, como Chávez ou Fidel jamais cometeram – é confundir o povo americano com seus representantes políticos.

Um dos equívocos mais ingênuos e sectários da esquerda brasileira é não estudar a história das lutas sociais dos Estados Unidos. Ao não fazê-lo, dispensa o que seria uma poderosa arma na guerra híbrida.

Quando um liberal brasileiro defender o capitalismo norte-americano como modelo de sucesso, o cidadão progressista poderia rebater com facilidade, usando o velho e implacável método socrático. Podia começar concordando, para desmontar o interlocutor, e dizer que admirava muito a política dos americanos, especialmente algumas decisões estratégicas tomadas já na década de 30 do século XX, como a criação dos impostos sobre herança mais altos do mundo, e das leis antitruste que evitaram ou mitigaram, durante a maior parte de sua história moderna, a formação de monopólios bancários, midiáticos e petrolíferos.

Os EUA tem, há muitas décadas, uma das leis de regulamentação midiática mais rígidas do mundo, que proíbe propriedade cruzada e combate a formação de sistemas hegemônicos de comunicação. É correto ponderar, todavia, que boa parte desses valores antitruste vem ruindo com o aparecimento dos gigantes da tecnologia, que inauguraram uma nova cultura política pró-monopólio no país. Mas é um problema que apareceu agora, depois do país ter construído a mais rica e vasta infra-estrutura física, cultural, acadêmica e científica do mundo.

Os Estados Unidos real não é o país que os bolsominions imaginam, uma espécie de Miami gigante, com uma sociedade despolitizada, rica e fútil, mas também não é a distopia proto-fascista de esquerdistas paranoicos que não conhecem nada da história das lutas sociais, políticas, culturais que forjaram o país.

Estamos falando de uma nação com 325 milhões de habitantes, a democracia mais antiga e longeva do mundo, o berço do cinema moderno, um país de grandes escritores, artistas, filósofos e cientistas.

A história da revolução americana, aliás, o movimento que deu independência ao país, e que antecede em três anos a revolução francesa, deveria ser melhor estudada no Brasil, assim como alguns governos progressistas, como o de Andrew Jackson e Franklin Roosevelt, além da revolução cultural dos anos 60. São momentos e personagens que mostrariam, aos brasileiros de esquerda e direita, que os americanos experimentaram muitas lutas sociais para chegar aonde chegaram.

Assim como o império romano, para se tornar a maior potência do mundo antigo, teve que experimentar séculos de terríveis lutas sociais (que resultaram em muitas conquistas e liberdades para os plebeus romanos, embora muitas vezes às custas de outros povos), assim o império americano apenas se tornou poderoso e estável porque suas elites tiveram que ceder às demandas de seu povo (igualmente às custas de operações de rapinagem em outros países).

Ou alguém acha que foi fácil Roosevelt implementar um imposto sobre herança cuja alíquota máxima de mais de 80% era, na prática, um confisco revolucionário das grandes fortunas?

O imperialismo não deve ser interpretado com moralismo, pois trata-se de um processo econômico de grande escala cujos movimentos ultrapassam o entendimento e o interesse de seus protagonistas individuais. Além disso, o imperialismo apenas consegue estender seus tentáculos sobre as periferias se contar com a cumplicidade de suas elites. E essa cumplicidade nunca faltou no Brasil.

Para combater o imperialismo, temos que construir plataformas de inteligência, think tanks independentes, autônomos, capazes de produzir, em larga escala, vacinas culturais que protejam nossos jovens e inclusive nossas elites, contra valores e ideias, especialmente no campo da organização econômica, que prejudiquem os interesses nacionais e apenas beneficiam a metrópole.

Para não ficar em termos abstratos, falemos claro: precisamos ter políticas monetárias, cambiais, fiscais, industriais, culturais, científicas, que protejam os interesses brasileiros, e isso não significa aderir a nenhum tipo de nacionalismo tosco e fechado. Ao contrário. Nossa relação com o resto do mundo poderá ser muito mais livre, produtiva, rica e sofisticada, quando conseguirmos construir, para nós mesmos, um arcabouço institucional mais adequado ao nosso desenvolvimento.

A escritora Harper Lee, em sua obra prima “To Kill a Mocking Bird”, traduzida no Brasil para “O Sol é para todos”, mas cuja tradução literal seria algo como “Para matar um sabiá”, procura nos ensinar como boa parte dos sofrimentos que assolam a humanidade nascem antes da ignorância do que da maldade, e como a inocência, em sua pureza terrível, se torna às vezes uma arma tão poderosa. O título original do livro vem da advertência de Atticus a seus filhos, depois de lhes presentear com armas de chumbinho: ele diz que eles podiam caçar pequenos animais e pássaros à vontade, mas que era pecado matar um sabiá, por ser um passarinho inofensivo, que só vivia para cantar.

A luta pela emancipação do povo brasileiro passa, naturalmente, pela superação dialética, antropofágica, do imperialismo. Para isso, devemos conhecer o império por dentro. Dante Alighieri já entendia que, para atravessar o inferno, não lhe fez mal a companhia de Virgílio, autor da obra mais imperialista e chapa-branca da história da literatura mundial (e mesmo assim, um de seus monumentos mais grandiosos).

Por isso devemos comemorar a derrota de Donald Trump! Ela nos permitiu conhecer um pouco mais as angústias e esperanças do povo americano. A inocência reconhece a inocência. A democracia reconhece a democracia.

Temos que forjar as armas culturais necessárias para nos defender, e mesmo para atacar, quando for preciso. Mas sempre tomando cuidado para não ferir um sabiá, ou seja, para não adotarmos uma postura sectária, que aniquile a sensibilidade necessária para compreender a beleza e o horror das contradições do imperialismo que desejamos superar.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Netho

07/11/2020 - 19h48

Nelson Rodrigues aplica-se tanto ao Império do Norte quanto à República das Milícias: ”No Brasil, a delícia do poder é o seu abuso”. Não há que se esperar nada de novo do Tio Sam, exceto a eliminação da falta de decoro na liturgia institucional. Certamente, à vista da famosa boçalidade que graça no Planalto, certamente o maior país imperialista do Ocidente fará exigências e fará o miliciano miliciano de recados dançar conforme a música. Aliás, o frentista do Posto Ipiranga já se apressou em oferecer que está disposto a dançar de qualquer jeito com qualquer um, porque o País da Beócia já entrou em default técnico e está em bancarrota extra-oficial. Trocando em miúdos: o país está à venda em clima de final de feira-livre.

Alexandre Neres

07/11/2020 - 13h39

Biden Presidente! Chupa, bolsominions! De que adiantou puxar tanto o saco do ex-Trumpício, ceder tanto a troco de nada? Bolsonero capetão do mato, lambedor de botas.

Tadeu

07/11/2020 - 12h50

Mais do que o resultado eleitoral, tem que analisar a correlação de forças evidenciada. Sem o vírus chinês, será que Biden teria ganho? Ora, se os globalistas precisam usar de todo o seu poder financeiro e midiático para levar uma eleição na mão grande, significa que eles não têm votos de verdade. Ainda não vi o mapa da apuração, mas não deve ser muito diferente de quatro anos atrás – democratas ganhando nas grandes capitais degeneradas e sodomitas, e perdendo no interior inteiro.

Tanto quanto o sistema judiciário é a cortina de fumaça para o povo não perceber que não existe justiça, a democracia é a cortina para o povo não perceber que não existe democracia. Só existe a lei do mais forte, e foi com base nessa lei que os globalistas ganharam agora – mas ao preço de deixar claro demais que é a lei da selva que vale. O povo pode aprender essa lição e responder na mesma moeda daqui a quatro anos.

Valeriana

07/11/2020 - 12h11

A esquerda brasileira precisam se consolar com as eleiçoes dos “imperalistas yankee” é do morrer de rir….kkkkkkkkkkkkkkk

Assim como a esquerda brasileira os Dorias estào em festa, os Amoedos, os Huck’s…por aì vai.

Paulo

07/11/2020 - 11h36

Fora a subserviência (e talvez nem essa), muda pouco. Aliás, se Biden for inteligente (até aqui os discursos demonstram o contrário), abraça o Brasil com afeto…

    Paulo

    07/11/2020 - 11h39

    Falo em termos econômicos e de relação diplomática (se Biden for inteligente, repito!). Já nas pautas cultural e de costumes as perdas serão enormes, potencialmente…

Pedro Tibúrcio

07/11/2020 - 11h01

Excelente texto, Miguel do Rosário! Deveria retomar seu protagonismo no debate público, você soma muito.

Gilmar Tranquilão

07/11/2020 - 01h09

TCHAU QUERIDO!!! kkkkkk

    Alexandre Neres

    07/11/2020 - 14h03

    Caro Tranquilão, desculpe-me mas sou meio leso. Não entendi direito. Tchau para quem? Por que Wellington e Andressa murcharam? Fica tisti não, gente!

Andressa

07/11/2020 - 01h04

Nossa, os bolsonaristas parece que estão de luto. Morreu alguém da família??

NeoTupi

07/11/2020 - 00h44

Ótimo texto que repete o que disse o saudoso Marco Aurélio Garcia no início do governo Lula, e que foi aplicado no Itamaraty de Celso Amorim.
Garcia dizia que o Brasil só era vítima do imperialismo quando contava com a subserviência do governo brasileiro. Bastava não ceder os interesses nacionais brasileiros nas relações com grandes potências para não ser explorado.
E dizia quando houve divergências pontuais com os EUA em relação a outros países: “Acho que os países são respeitados quando eles expressam seus pontos de vista. País dócil, países que ficam de cócoras, governos que ficam de cócoras não são respeitados. Se transformam em moças de recado. O Brasil não é moça de recado, o Brasil respeita os Estados Unidos, sabe o papel que os Estados Unidos têm no mundo, mas o Brasil tem suas opiniões”.

    Tony

    07/11/2020 - 12h13

    Quais ?

    Galinzé

    07/11/2020 - 12h24

    O preconceito e o trogloditismo ideologico da esquerda brazuca é a cara da America Latrina.

Ronaldo Ramos

06/11/2020 - 23h29

A vitória de Biden não irá mudar muito o cenário econômico entre Brasil e EUA, talvez melhore em alguns aspectos levando em consideração a questão da proteção ambiental que servirá como condições para que o Brasil possa receber apoio. Politicamente dizendo, da pra ver que as politica de interferência dos EUA nos países da América do Sul, começou dar ares de fracasso porque não mentira que dure para sempre, basta ver o que aconteceu na Venezuela, Bolívia, Argentina e no Chile. No Brasil é uma questão de tempo, com a queda de Trump, Bolsonaro que dependia das migalhas que caiam da mesa do americanos, vai ter que abrir aquele sorriso amarelo e se submeter ao regime de Biden, se quiser se manter no poder ate 2022, o que acho muito improvável porque é um péssimo administrador.

Garrincha

06/11/2020 - 22h50

“Neste sentido, a derrota de Trump é uma vitória dos amantes da democracia em todo mundo!”

Pergunta simples ao autor da frase acima…Cuba, China e Venezuela são democracias ?

Jerson

06/11/2020 - 22h42

“Neste sentido, a derrota de Trump é uma vitória dos amantes da democracia em todo mundo!”

Jerson

06/11/2020 - 22h24

A China tá em festa.

Jerson

06/11/2020 - 21h39

A esquerda tupiniquim daqui pra frente perdeu a narrativa da subserviência do Governo ao Trump.

O resto tanto faz, mudou nada.

    NeoTupi

    07/11/2020 - 00h54

    Errado: só o cassete dos EUA que foi trocado, mas o traseiro do Bozo continua o mesmo. A diferença é que com Trump Bozo tinha orgasmos. Agora vai levar esporros e ter de fingir que acha bom, a menos que Bozo prefira ajoelhar para Xi Jinping.

Partagas

06/11/2020 - 21h09

“Ela nos permitiu conhecer um pouco mais as angústias e esperanças do povo americano.”

Quais angustias, quais esperanças podem ter os americanos num velhinho senil que fala coisa com coisa….? O Obama era jovem e tinha o porquê dele mas esse sujeito é o nada absoluto com nas mãos um poder bélico imenso. Isso é perigoso pois esses tais de “democratas” nunca disprezaram jogar bombas…o Nobel da Paz Obama não fugiu a regra.

O que mudou o jogo foi o medo da pandemia e a exploração ipocrita da morte. Ninguem esperava a vitória do Biden até a chegada do vírus, nem a própria esquerda americana.

O fato que ninguém da esquerda tupiniquim cite a pandemia e o esconda é a clara confirmação… tentaram explorar a Pandemia no Brasil e não deu certo…nos EUA deu.

Foi a vitória da grande imprensa e do establishment…no more.

    NeoTupi

    07/11/2020 - 00h19

    Trump é só 3 anos mais novo que Biden. Ele já foi em 2016 o mais velho presidente da história a assumir em primeiro mandato. Se idade é problema, é para os dois. Provavelmente foi a própria idade de Trump que levou o Partido Democrata a não ter receio de escolher Biden.
    Na minha opinião o cargo é pesado para a idade dos dois. O exercício pleno exige viagens longas com problemas de fuso horário, ser acordado a qualquer hora em caso de crises, viver sob diferentes pressões. Por outro lado boa parte do exercício da presidência se resume em saber delegar muito e cobrar resultados. Trump tem perfil mais centralizador, por isso idade é maior problema para Trump do que para Biden, que deve descentralizar mais o poder entre seus secretários de estado.
    Mas os partidos escolheram em disputa prévias e o povo votou. O sistema democrático de lá é assim.
    E acho que você anda vendo filmes demais para achar que nos EUA é o presidente sozinho quem decide apertar um botão nuclear.
    Quanto a dúvidas sobre sanidade mental, o comportamento alterado de Trump levou a presidenta da Câmara, Nancy Pelosi a criar uma comissão para investigar as condições de saúde no mes passado, com base na 25a. emenda da Constituição estadunidense. Óbvio que é oportunismo político, mas o comportamento fora da curva de Trump deu margem para a oposição agir.
    Essa 25a. emenda trata justamente da substituição do presidente (temporária ou definitiva) caso esteja incapacitado para exercer o cargo. Se Biden tiver algum problema de saúde incapacitante, assumirá a vice. Assim como ocorreria se Trump ou outro ganhasse.
    Em tempo: Churchill foi 1o. ministro pela 2a. vez com 76 anos e governou até os 80, quando renunciou.

      Partagas

      07/11/2020 - 11h58

      Algumas pessoas a paridade de idade envelheçem mais cedo que outras e esse Biden jà fala coisa com coisa fàz tempo. E’ evidente que foi colocado nas disputa por falta de alternativas no partido, no establishmenta americano e porque foi vice de Obama para desfrutar a popularidade dele.

      Quanto ao “apertar o botao”…a decisao final é do Presidente da Republica, nao é nenhuma novidade isso….e esses “democratas” gostam de apertar.

      Manoel

      07/11/2020 - 13h01

      Seu comentário foi excelente, na minha opinião você poderia fazer parte do pessoal que faz análise política, muito bom, nota 10. Aprendi bastante, obrigado !

chichano goncalvez

06/11/2020 - 20h29

Caso o povo dos estados unidos fosse tão inteligente, já teria feito uma revolução, e mudado esse sistema eleitoral que é de longe o pior do mundo, e os negros não estariam sendo assassinados e jogados na marginalidade, repito o povo dos estados unidos em torno de 60 %( e em 99 % dos paises, tambem) é um completo analfabeto politico,. Só povos inteligentes e altamente cultos e comunistas ou socialista ( os Minuanos e os Charruas, preenchem esses quisitos) , são capazes de mudar seus destinos. Seu Rosario; fazer acordo com o diabo para ganhar as eleições , acaba , por exemplo que nem o governo da finada Roussev, Tu vai cedendo , hoje uma coisa, amanhã outra e essa direita acaba por estragar o teu governo, nada de bom, se faz com a direita, apenas leis compensatorias, e quem gosta de esmola é mendigo. Ou o povo muda ou vai continuar escravo.

Hilario

06/11/2020 - 19h56

Bolsonaro tinha contato direto com Trump e o nivél de “intimidade” entre os 2 nao é o Cafezinho que o conheçe , sò eles dois sabem obviamente. Bolsonaro jà disse varias vezés que tem o contato WZ e os dois “falavam” quase diariamente via Ministro das Relaçoes Exteriores.

Esse contato direto deu na retirada de algumas ameaças de Trump de taxar os produtos brasileiros para agradar o proprio eleitorado (a ultima foi do aço se nao me engano).

O apoio do Brasil na OCDE e outros orgaos internacionais vinha diretamente de Trump assim como as tratativas de livre comercio entre os dois paises.

Gostando ou nao de Bolsonaro ele atualmente é o Presidente e o contato direto com o Presidente da naçào com a qual o Brasil tem um raporto solido hà decadas era claramente bom.

Pro resto nao farà diferença alguma, os brasileiros continuam jogando lixo no chao…

    Camundongo

    07/11/2020 - 01h06

    Olha o esperneiooo!!! kkkkk

    NeoTupi

    07/11/2020 - 01h21

    Pelo amor de Deus, corta essa “linha direta” com a secretária de recados do Trump, pois Bozo só tomou prejuízo nas negociações com EUA:
    31-08-2019 – Governo eleva de 600 para 750 milhões de litros de etanol importado dos EUA com tarifa zero.
    03-06-2020 – Bolsonaro diz que pediu a Trump revisão de cota sem sobretaxa para aço brasileiro.
    30-08-2020 – Donald Trump reduz a cota de importação do aço brasileiro em quase 83% (83% foi sobretaxado, fazendo o contrário do que Bozo pediu).
    31-08-2020 – Brasil decide não renovar tarifa zero para cota de importação de etanol. Trump ameaça retaliar.
    11-09-2020 – Governo cede a Trump e zera novamente imposto sobre cota de 750 milhões de litros de etanol americano sem o imposto de importação
    21-10-2010 – EUA impõem sobretaxa a alumínio do Brasil e mais 17 países. De acordo com a Abal (Associação Brasileira do Alumínio) a sobretaxa inviabiliza totalmente as exportações para o mercado americano.

      Hilario

      07/11/2020 - 12h07

      – Em contrapartida ao etanol os EUA aumentaram as cotas de importaçao de açucar brasileiro e essa produçào a mais sera exclusiva pro NE.

      – A taxaçào do aço em junho foi cancelada apòs contato entre os dois presidentes.

      – As sobretaxas do aluminio foram elevadas para Todos os paises que exportam para os EUA para agrader o eleitorado dele antés das eleiçoes.

      Monstrar sò um lado da moeda nao vale né “expertalhao”…

      Trabalho para uma multinacional que produz defensivos agriculos dos EUA com filial no Brasil e os americanos nao sao aquele bicho de 7 cabeças que alguem colocou na sua cabeçinha troglodita de terçeiro mundo ideologizada.

        NeoTupi

        08/11/2020 - 08h03

        Que parte da redução da cota de aço em 83%, contrariando Bozo, você não entendeu?
        Os EUA defendem o interesse nacional deles, e isso é normal. Não há porque histiliza-lis por isso. Nesse ponto deveríamos simplesmente fazer o mesmo nas relações bilaterais com eles, como fez Lula quando governou. Anormal são os cucarachas brasileiros que negociam de forma subalterna acordos lesivos à economia nacional, empobrecendo o povo brasileiro. Anormal é presidente brasileiro bater continência para a bandeira estadunidense como se fosse da sua pátria e comemorar o 4 de julho como se fosse o 7 de setembro. Anormal é Bozo assinar tudo o que Trump manda.

    Batista

    07/11/2020 - 02h02

    Hilário, né?

    Faz todo sentido.

      Hilario

      07/11/2020 - 12h15

      Sem assuntos né…? Sò ideologia…?

Angelo

06/11/2020 - 19h37

Parabéns Miguel, otimo postagem , aliás um artigo. Com base propriedade e uma narrativa lúcida e realista . Rico aprendizado também. O campo progressista tem totais condições e mentes para contrapor ao imperialismo e neofascismos , cabe aos principais agentes reflexão, uniao, cessão, humildade e reconhecer que a extrema.direita está com base sólida e precisamos antes de tudo , evitar o seu crescimento, o auxílio mostra uma lição , da necessidade a desinformação.

Ronei

06/11/2020 - 19h37

No Brasil não muda nada obviamente…ao povão nao interressa absolutamente nada de quem é Presidente dos EUA.

“…a vitória de Biden é também uma vitória, em parte ao menos, dos eleitores negros, dos latinos, das mulheres”…?!?!

Jornalista PRETO do NEW YORK TIMES e os numeros entre gay, negros, etc…: https://twitter.com/CharlesMBlow/status/1323975456668979200/photo/1

NEGROS BRANCOS: – 5% de votos de 2016 para 2020.

Até a chegada do coronavirus as chances desse tal de Biden vencer eram bem poucas, é bastante claro que o virus mexeu nas eleiçoes como nunca…provavelmente os americanos querem um sistema de saude diferente. Como disse Jane Fonda: “o virus veio como uma benção para a esquerda”.

A esquerda radical chique que voces representam, os Doria e os Huck da vida, a Globo e a grande imprena mundial, artistas e bilionários globais, democratas e humanistas de ocasião, fãs das “democracias” cubanas e venezuelana…todos estão em festa.

E’ a vitoria das elites perfumadas…o resto é papo furado.

    Ronei

    06/11/2020 - 21h38

    “HOMENS BRANCOS’

    Efrem Ventura

    07/11/2020 - 10h36

    “A esquerda radical chique que voces representam, os Doria e os Huck da vida, a Globo e a grande imprena mundial, artistas e bilionários globais, democratas e humanistas de ocasião, fãs das “democracias” cubanas e venezuelana…todos estão em festa. E’ a vitoria das elites perfumadas…o resto é papo furado.”

    Perfeito..sem por e nem tirar !!

    Os votos para Trump entre as pessaos que a imprensa gosta de catalogar como “minorias” aumentaram respeito ao ano de 2016.

      Luan

      07/11/2020 - 12h30

      Entre os tais LGBT os votos dobraram em 4 anos pois todas as narrativas que a equerdalha imunda espalha para dividir as pessoas em raças, classes, sexualidade, cor de cabelos, tamanho da barriga e das unhas caem no chao diante os fatos.

      Infelizmente ainda tem muitos ingenuos que acreditam….sempre menos.

        Luan

        07/11/2020 - 12h35

        …periferias, interior, areas ao redor das grandes cidades sao praticamente todas republicanas (vermelhas) ao contrario das capitais e das grandes cidades que sao todas democratas (azul).

        E’ a vitoria dos bacaninhas americanos nao hà a minima duvida disso.

    Luan

    07/11/2020 - 10h40

    Cuba e Venezuela elegiando a rapidez dos proprios sistemas de apuraçao dos votos a respeito do sistema Americano…

    Dizem que là nao precisa esperar dias ou horas para saber os resultados das urnas…o dia antes das eleiçoes jà se sabe quem venceu…kkkkkkkkkkkkk

    Viva la Revolucion !! kkkkkkkkkkkkkl


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