A ex-assessora de Flávio Bolsonaro, Luíza Sousa Paes, assumiu em depoimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) que nunca atuou como funcionária do “01” enquanto deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
De acordo com o depoimento que O Globo teve acesso, Luiza também afirmou que era obrigada a devolver mais de 90% do salário e para comprovar o depoimento, entregou ao MP extratos bancários entre os anos de 2011 a 2017 que mostravam transferências e depósitos que totalizam o valor R$160 mil para o então assessor Fabrício Queiroz. Luíza é a primeira ex-assessora a assumir o esquema criminoso no gabinete de Flávio.
Enquanto funcionária fantasma do filho do presidente Jair Bolsonaro, Luíza recebia o valor mensal de R$ 4.966,45. Já na TV Alerj, o vencimento era de R$ 5.264,44. De acordo com o MP, a ex-assessora afirmou que ficava com apenas R$700. Além do salário, a mulher também era obrigada a devolver o 13º salário, férias, vale-alimentação e a restituição do imposto de renda.
Em nota, a defesa de Flávio afirmou que o depoimento de Luíza Sousa Paes é “iniviável” e que “não passa de uma crônica macabra e mal engendrada”.
“Dentre vícios processuais e erros de narrativa e matemáticos, a tese acusatória forjada contra o Senador Bolsonaro se mostra inviável, porque desprovida de qualquer indício de prova. Não passa de uma crônica macabra e mal engendrada. Acreditamos que sequer será recebida pelo Órgão Especial. Todos os defeitos de forma e de fundo da denúncia serão pontuados e rebatidos em documento próprio, a ser protocolizado tao logo a defesa seja notificada para tanto”
Já a defesa de Fabrício Queiroz não se manifestou sobre as acusações.