Ataques sujos a vice de Martha Rocha causam comoção na Internet

Nesta sexta-feira, 30, a revista Veja publicou uma reportagem, no mínimo confusa, sobre o suposto envolvimento do candidato a vice-prefeito do Rio, Anderson Quack (PSB), com a parente de um traficante já morto no Rio de Janeiro.

No título, a Veja afirma que “Parente de traficante foi sócia de empresa de Martha Rocha” e reproduz a tese de que Quack foi sócio de Suellem Lengruber, parente distante de Rogério Lengruber, morto em 1992.

“O produtor cultural Anderson Luiz Alves de Oliveira (PSB), o Anderson Quack, de 43 anos, é um dos sócios da T4 Elétrica, Hidráulica, Projetos e Construções Ltda. A empresa pertencia à amiga dele, Suellem Lengruber de Lacerda. Ela é sobrinha-neta do famoso traficante Rogério Lengruber, um dos criadores, entre o fim da década de 1960 e o início da de 1970, da Falange Vermelha, organização criminosa que deu origem ao Comando Vermelho, a maior facção do estado”

Já em outro momento, a matéria fala de uma forma ainda mais confusa sobre supostos laços de Anderson e seu primo, Tony Ribamar, com a família de Lengruber e reforça um estereótipo negativo sobre a Cidade de Deus, comunidade da Zona Oeste do Rio.

“Os laços de Anderson Quack com a família de Rogério Lengruber são estreitos e têm origem na Cidade de Deus, comunidade carioca dominada pelo Comando Vermelho. Quack e Suellem cresceram no local. Ela não tem ligação com o crime, segundo apurou VEJA. O primo de Quack, Tony Ribamar Alves Martins, é o outro sócio da T4. Os dois foram criados como irmãos. Tony ficou seis anos casado com Suelem. Quando se separaram, Quack foi chamado para fazer parte da empresa em substituição a ela. A T4 tem capital social de 50 mil reais, de acordo o contrato social ao qual VEJA teve acesso. A principal atividade é a instalação e a manutenção elétricas”

A reportagem, acusada por muitos de ter um viés racista, foi reproduzida por um cientista político conhecido por suas relações com Lula, de quem já foi uma espécie de consultor político, e também por sua quase obsessão em atacar o vice-presidente Nacional do PDT, Ciro Gomes.

Emir Sader, também cientista político e com antigas relações com o PT, também reproduziu a matéria.

Fonte: Reprodução / Twitter

O presidente da Central Única das Favelas (CUFA), Preto Zezé, repudiou o ataque da Veja e prestou solidariedade a Anderson Quack.

Já o cantor e compositor, MV Bill, também prestou sua solidariedade ao amigo socialista.

Fonte: Reprodução / Twitter

Outras personalidades como a apresentadora da GloboNews, Aline Midlej, o vice-presidente Nacional do PDT, Ciro Gomes, o humorista Marcelo Adnet e a candidata a prefeita do Rio pelo PSOL, Renata Souza, também se pronunciaram no Twitter.

Fonte: Reprodução / Twitter
Fonte: Reprodução / Twitter
Fonte: Reprodução / Twitter

No mesmo dia, o candidato a vice-prefeito Anderson Quack sofreu outro ataque, ainda mais explicitamente racista:

Alguns desses perfis apagaram algumas dessas postagens, mas sem oferecer, até o momento, nenhuma explicação e nenhum pedido de desculpas.

Redação:
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