Por Gabriel Barbosa
O cenário eleitoral na cidade de Fortaleza, embora sinalize o favoritismo ao candidato bolsonarista Capitão Wagner (Pros) nas pesquisas, também caracteriza duas coisas relevantes no pleito alencarino: a maior rejeição ao nome de Luizianne (PT) com 29% e o crescimento de Sarto Nogueira (PDT) como opção viável ao segundo turno.
Na última pesquisa do Big Data, o pedetista já aparecia com 18% das intenções de voto, tecnicamente empatado (margem de erro de três pontos) com Luizianne Lins (PT) e como consequência, diminuindo a distância com Capitão Wagner (Pros) que aparece com 31%.
Adotando um discurso de continuidade em pautas emergentes como Saúde, Educação e Mobilidade, a campanha de Sarto têm reservado uma narrativa ofensiva em pontos que atingem diretamente os seus dois adversários diretos, como a alta desaprovação (66%) no final da gestão Luizianne (PT) em 2012 e a participação de Capitão Wagner (Pros) no motim da Polícia Militar do Ceará no início deste ano.
Naquela ocasião, Wagner chegou a propor no Congresso a anistia dos amotinados. Felizmente, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), arquivou a proposta (inconstitucional) do militar.
Voltando ao tema central desta análise, a candidatura de Sarto, além do PDT, é coligada com mais nove partidos: PP-PTB-REDE-PL-DEM-PSB-PSDB-PSD-CIDADANIA. Sendo assim, essa ampla base facilita o voto “boca de urna” nos últimos momentos da campanha.
Desta forma, o crescimento de Sarto nas intenções de voto depende também do engajamento dessas candidaturas a vereador como canais de voto do eleitorado de base do atual prefeito Roberto Cláudio (PDT) e sobretudo, do voto útil em oposição aos dois candidatos. A conferir!