O candidato do PT a Prefeitura de São Paulo, Jilmar Tatto, rechaçou a hipótese que vem sendo alimentada nas últimas semanas de abrir mão de sua candidatura para apoiar Guilherme Boulos (PSOL).
“Não existe essa possibilidade. Estamos crescendo. O PT está unido, a militância está na rua. Vamos para o segundo turno, vamos ganhar a eleição. O presidente Lula está totalmente empenhado. A aceitação do PT na rua é muito boa. (…) Não me sinto traído, porque essa mesma pessoa que eventualmente fala que eu deveria apoiar o Boulos, que deveria retirar (a candidatura), tenho certeza absoluta que vai votar em mim. Por que vou me estressar?”
A declaração de Tatto reflete sua crença de que ainda poderá emplacar sua candidatura. Na última pesquisa Datafolha, o petista saltou de 1% para 4%. Enquanto isso, Boulos saiu de 12% para 14% das intenções de voto.
Já em entrevista ao Globo, Tatto também acredita que Boulos não receberá o “voto útil”, ou seja, quando o eleitor vota no candidato têm mais chances de vencer.
“Nossos adversários são o candidato do Bolsonaro, que é o (Celso) Russomanno, e o candidato do Doria, que é o Bruno Covas. O Boulos não é meu adversário. Boulos tem um eleitor bastante de classe média, rico. Pessoas progressistas. A impressão que dá é que pode ser vítima do voto útil. O eleitor naturalmente faz isso. Isso vale para ele e vale para mim”
Já em outro momento, o petista afirmou que quem pede sua desistência, não conhece a história do partido.
“Em geral, são pessoas que não conhecem o PT de São Paulo. O PT de São Paulo está enraizado na periferia, é forte, organizado”