Nesta quarta-feira, 21, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a vacina chinesa contra o coronavírus “não será comprada”.
O anúncio de Bolsonaro desautoriza e humilha o ministro da Saúde, General Eduardo Pazuello, que comunicou publicamente a intenção de comprar 46 milhões de unidades da vacina Coronavac da farmacêutica chinesa Sinovac e que será produzida pelo Instituto Butantã (SP).
A decisão do presidente também é uma forma de retaliação política ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que vem liderando a parceria da farmacêutica com o Instituto e afirmou recentemente que a vacina seria obrigatória no estado de São Paulo.
Além do desgaste político, Bolsonaro também aprofunda a crise diplomática com a China que vem desenvolvendo a vacina com testes que comprovam a eficácia.
Nas redes sociais, uma apoiadora de Bolsonaro pediu a exoneração “urgente” de Eduardo Pazuello por suposto favorecimento a João Doria (PSDB) para as eleições presidenciais de 2022.
Já um outro apoiador de afirmou que Pazuello “traiu” o presidente. Bolsonaro respondeu.
Após o anúncio de Bolsonaro, o líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE), afirmou que o presidente comete mais um crime contra a população.
Já o governador Flávio Dino (PCdoB), também se posicionou e disse que os governadores devem recorrer ao Congresso e ao Poder Judiciário.